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Cambridge Analytica vai fechar

02 mai, 2018 - 22:26

Perda de clientes e custas judiciais muito pesadas justificam a decisão. A empresa envolvida no escândalo de uso de dados de utilizadores do Facebook não sobreviveu ao caso.

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A Cambridge Analytica, empresa envolvida na polémica de uso de dados de utilizadores do Facebook, e a empresa-mãe britânica, a SCL Elections Ltd., vão fechar.

A SCL Elections e a Cambridge Analytica vão encerrar depois de perderem clientes e enfrentarem custas judiciais gigantescas em resultado da controvérsia sobre uso de informações pessoais de utilizadores do Facebook a partir de 2014.

"O cerco criado pela cobertura mediática retirou-nos praticamente todos os clientes e fornecedores", afirma o comunicado da empresa.

"Como resultado, acreditamos que se tornou inviável continuar a operar no mercado, o que deixou a Cambridge Analytica sem uma alternativa realista."

As alegações de uso indevido de dados em 87 milhões de utilizadores do Facebook pela Cambridge Analytica, que foi contratada pela campanha eleitoral do presidente Donald Trump em 2016, prejudicaram também as ações da maior rede social do mundo e motivaram várias investigações oficiais.

"Ao longo dos últimos meses, temos sido alvo de inúmeras acusações infundadas e, apesar dos esforços da empresa para resolver os problemas, e temos sido prejudicados por atividades que não só são legais, como são largamente aceites como parte integrante das políticas comerciais e politicas de uma empresa", escreve o comunicado da Cambridge Analytica.

A Cambridge Analytica faz parte do SCL Group, um grupo cuja área de ação vai desde a pesquisa de segurança alimentar até combate às drogas e campanhas políticas. A SCL foi fundada há mais de 25 anos, de acordo com site da empresa.

A Cambridge Analytica foi criada por volta de 2013 com foco nas eleições dos EUA, com 15 milhões de dólares (12,5 milhões de euros) através do apoio do doador republicano, o bilionário Robert Mercer e um nome escolhido pelo conselheiro da Trump White House, Steve Bannon, informou o New York Times.

Comentários
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  • Anónimo
    09 jul, 2018 01:13
    Nunca deviam ter existido.

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