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Terceiro leilão de madeira ardida rende 2,85 milhões de euros

26 abr, 2018 - 15:39

Ao todo, o Estado português prevê arrecadar entre 25 e 35 milhões de euros com totalidade de madeira queimada que já foi ou que ainda vai ser leiloada.

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Mais de meia centena de lotes de madeira ardida proveniente de matas nacionais e perímetros florestais geridos pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) foram vendidos esta quinta-feira por 2,85 milhões de euros, numa hasta pública em Viseu.

Dos 114 lotes de material lenhoso de matas nacionais e perímetros florestais da região Centro, num valor base total de 4,443 milhões de euros, foram vendidos 52 – o que representa 65% desse valor.

Os valores mais elevados foram conseguidos com a madeira da Mata Nacional de Leiria, sendo que, dos 15 lotes a leilão, foram vendidos seis.

O Estado esperava conseguir aqui 2,256 milhões de euros, mas realizou 1,59 milhões, tendo sido vendidos os lotes com madeira de melhor qualidade.

De 106.334 metros cúbicos de volume de madeira, foram vendidos 43.126 metros cúbicos (40%) desta mata.

Três lotes da Mata Nacional de Leiria foram muito disputados. O que atingiu o valor mais alto, 450 mil euros, tinha 9.692 pinheiros (11.039 metros cúbicos de volume) e um preço base de licitação de 295 mil euros. Nesta hasta pública foram admitidas 55 empresas.

Por 412 mil euros, foi vendido um lote de 7.715 pinheiros (9.177 metros cúbicos de volume), com preço base de licitação de 245 mil euros, e, por 256 mil euros, um outro de 5.946 pinheiros (5.938 metros cúbicos de volume), com preço base de licitação de 155 mil euros.

Alguns dos 114 lotes de material lenhoso proveniente de uma série de matas nacionais e perímetros florestais que foram hoje a leilão já tinham sido levados a leilão, também em Viseu, em dezembro de 2017, avança a agência Lusa.

Em comunicado emitido esta quinta-feira, o ICNF esclareceu que o Estado tem a expectativa de arrecadar entre 25 e 35 milhões de euros "na totalidade da madeira ardida em matas nacionais e perímetros florestais" que gere, "que será vendida ao longo de sucessivas hastas públicas, cujo processo de marcação está em curso".

Quarenta e nove pessoas morreram e cerca de 70 ficaram feridas na sequência dos incêndios de outubro de 2017 na região Centro, que também destruíram total ou parcialmente cerca de 1.500 casas e mais de 500 empresas.

Três meses antes, em 17 de junho, as chamas que deflagraram no município de Pedrógão Grande, no interior do distrito de Leiria, e que alastraram a concelhos vizinhos, fizeram 66 mortos e 253 feridos, atingiram cerca de meio milhar de casas e quase 50 empresas, e devastaram 53 mil hectares de território, 20 mil hectares dos quais de floresta.

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