22 abr, 2018 - 11:42
Um bombista suicida fez-se explodir num centro de registo de votos na capital do Afeganistão, Cabul, este domingo, matando pelo menos 57 pessoas e ferindo mais de uma centena. A maioria estava à espera na fila para receber os bilhetes de identidade, afirmaram as autoridades locais.
O Estado Islâmico reivindicou a ação, num momento-chave para o governo do presidente Ashraf Ghani, apoiado pelo Ocidente, que tinha prometido realizar eleições parlamentares este ano.
Um porta-voz do ministério da Saúde disse que pelo menos 31 pessoas foram mortas e 54 ficaram feridas. A explosão destruiu carros, partiu vidros nos prédios das imediações, deixando destroços espalhados nas ruas.
Foi o ataque mais sério em Cabul desde que cerca de 100 pessoas foram mortas em Janeiro numa ambulância.
Depois de semanas mais calmas, a explosão ocorreu em Dasht-e Barchi, uma área do oeste de Cabul, habitada por muitos membros da principal minoria xiita hazara, que tem sido repetidamente atingida pelo Estado Islâmico.
"Havia mulheres", disse Bashir Ahmad, que estava perto da explosão e que aconteceu mesmo tendo em conta as medidas de segurança mais rígidas após o ataque de janeiro.
O Presidente Ghani está sobre forte pressão dos parceiros internacionais para que as eleições se realizem este ano.
"Eles deveriam estar a manter o país seguro, se não puderem, alguém deveria estar em seu lugar", disse Sajeda, um dos feridos na explosão.
Segundo dados da ONU, entre janeiro e março mais de 750 pessoas foram mortas ou mutiladas em ataques suicidas e atentados à bomba por grupos militantes.
(notícia actualizada às 15h48)
Fique por dentro > 
