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​Caso EDP. Salgado vai ser arguido por suspeita de corromper Manuel Pinho

20 abr, 2018 - 10:00

Ministro da Economia do governo Sócrates terá recebido um milhão de euros para favorecer EDP e GES.

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Os procuradores do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), Carlos Casimiro e Hugo Neto, instruíram a Polícia Judiciária (PJ) para constituir como arguido o antigo presidente do BES, Ricardo Salgado. A notícia foi avançada pelo jornal online “Observador”.

De acordo com o jornal, a investigação diz respeito a benefícios de mais de 1,2 mil milhões de euros alegadamente concedidos à principal elétrica nacional por parte de Manuel Pinho, ex-ministro da Economia do Governo de José Sócrates.

Em causa estão pagamentos no valor de mais de um milhão de euros que terão sido realizados entre 18 de outubro de 2006 e 20 de junho 2012 a uma nova sociedade offshore de Manuel Pinho, a Tartaruga Foundation, com sede no Panamá, por parte da Espírito Santo (ES) Enterprises, outra offshore com sede nas Ilhas Virgens Britânicas (habitualmente designada como “saco azul” do GES).

Os procuradores consideram que as transferências foram realizadas por ordem de Ricardo Salgado para beneficiar o Banco Espírito Santo, o Grupo Espírito Santo e a EDP enquanto Manuel Pinho exerceu funções públicas no Governo de Sócrates.

Neste inquérito do DCIAP que investiga crimes de corrupção e participação económica em negócio na área da energia, estão já constituídos arguidos Manuel Pinho e também os presidentes da EDP e da EDP Renováveis, António Mexia e João Manso Neto, respetivamente.

João Faria Conceição, administrador da REN e antigo consultor do ex-ministro Manuel Pinho, Pedro Furtado, responsável de regulação na empresa gestora das redes energéticas, Rui Cartaxo, que entre 2006 e 2007 foi adjunto de Manuel Pinho, Pedro Resende e Jorge Machado, que foram vogais do Conselho de Administração da EDP, são outros que constam da lista de arguidos.

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  • MASQUEGRACINHA
    20 abr, 2018 TERRADOMEIO 16:33
    Aquele "Livro" razão da ES Enterprises, descrito na excelente peça da SIC de forma suficiente para que todos percebamos os seus enredos, é melhor que o Baú do Pessoa: não tem fundo, é uma cornucópia da abundância. A maior dificuldade do MP deve ser a escolha das pontas dos novelos, entre Plutos, Batmans e PFs... tudo ao serviço do "Monsieur". E ainda há quem ache que este género de inquéritos demora muito tempo e nunca obtém provas irrefutáveis. Pois, é com isso que eles contam, e é por isso que montam estes esquemas inextricáveis, não é? Deve haver por aí muito Pluto e muito Batman a pôr os bens a bom recato. Aqui deixo a minha admiração pelo MP e o meu agradecimento à SIC.

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