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Carga fiscal está no valor mais alto dos últimos 23 anos

17 abr, 2018 - 13:00 • Sandra Afonso

A carga fiscal atingiu, em 2017, 34,5% do PIB, o valor mais elevado desde 1995, de acordo com o Conselho das Finanças Públicas.

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A carga fiscal voltou a aumentar, atingindo o valor mais alto dos últimos 23 anos. O dado é avançado pelo Conselho das Finanças Públicas, no relatório que analisa a evolução orçamental das administrações públicas em 2017.

Na análise do organismo liderado pela economista Teodora Cardoso, o Governo intensificou, no último ano, a correção do desequilíbrio orçamental, que assentou, sobretudo, nos impostos e na melhoria das condições económicas.

Em 2017, a receita das administrações públicas mais do que triplicou, graças aos impostos e contribuições. A evolução favorável do mercado de trabalho contribuiu para melhorar as receitas do Estado.

A carga fiscal atingiu, assim, 34,5% do PIB, o valor mais elevado desde 1995.

O défice em 2017 fixou-se em 3%, devido à recapitalização da Caixa Geral de Depósitos. Excluindo as medidas temporárias e não recorrentes, o défice é de 0,8%, abaixo da última previsão do próprio Governo, o que representa uma grande melhoria face aos 2,4 do ano anterior e um ritmo de correção muito mais acelerado.

Três quintos desta redução devem-se às melhores condições económicas, à descida dos juros e às amortizações antecipadas ao FMI. O restante resulta de mais impostos.

Já a despesa pública, depois de ter diminuído em 2016, voltou a aumentar em 2017, "puxada" pela recapitalização da Caixa.

A dívida pública ficou abaixo das previsões do Governo: nas contas de Bruxelas, fechou o ano em 125% do PIB.

Comentários
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  • pedro
    23 jun, 2018 Soares 08:40
    Isto nao diz nada so traz polêmica, onde incide essa carga fiscal? No contribuitne ou nas empresas, claro que se nas empresas acaba no contribuinte final. Mas de que forma? Se for no cònsumidor e nao directamente no contribuinte parece ser mais justo. Claro que a taxação progressiva no valor do bem face aos valores de bens essenciais, faz diferenca para aqueles que nao podem comprar... certo? Nao vejo nada contra combustíveis altos se os passe dos transportes publicos baixarem, certo?
  • Maria Manuela Nunes das Neves
    19 abr, 2018 11:02
    Com tantos impostos e tão pouco investimento público bem podíamos já ter pago mais em vez de estarmos a aumentar cada dia a dívida.
  • Rui
    17 abr, 2018 Lisboa 22:01
    Não se pode pedir este mundo e o outro mas também não se pode dizer que está mau, o centeno mostra capacidade para controlar as finanças de forma responsável num país de irresponsáveis.
  • MASQUEGRACINHA
    17 abr, 2018 TERRADOMEIO 18:12
    Ó amigos: os impostos não aumentaram, o que aumentou foi a RECEITA dos impostos... É isto o que a desinformação pretende: fala-se em carga, começa logo a burra a fugir. Ou a dar coices. Bem mais interessante é o facto de que, sem o "empréstimo" ao Novo Banco, o célebre défice de 0,7% deste ano teria ficado em 0,4% ou mesmo 0,3%... Um Novo Banco que se supunha "bom", uma vez que o "mau" tinha ficado com o lixo, mas onde afinal a nascente milagrosa das imparidades não pára de jorrar. Um Novo Banco que, pasme-se!, até foi comprado por "especialistas" privados, que lá vão fazendo o milagre da multiplicação das imparidades, para fazer valer o contrato de compra até ao tutano - enquanto houver imparidades, há "empréstimo". Por isso é que é preciso "almofada" preventiva - qual almofada, colchão! Mas isso não coube na notícia, claro. Basta falar em carga, que zurramos logo todos.
  • 17 abr, 2018 aldeia 17:48
    Carga fiscal muito alta,mas em comparação temos vencimentos muito baixos!.......Há sempre milhões para acudir banqueiros,e estes continuam impunes,nada lhes acontece,só o "Zé" é que tem de pagar para todos e ai dele se não pagar.....aqui a "justiça" funciona mesmo. É este o nosso país!......
  • Bi dente de Fafe
    17 abr, 2018 Fafe 15:43
    E não chega! Só para tapar a buraqueira dos bancos ainda vai levar uns valentes anos. Há cliente desses bancos que devem 500/600 milhões, que se execute essas dividas em vez de as reestruturar. São meia dúzia deles , se houver coragem é fácil !
  • João Lopes
    17 abr, 2018 Viseu 15:12
    O Governo, chefiado por um hábil malabarista e fingidor, silencia a dívida pública que subiu para 246 mil milhões de euros em fevereiro/2018; em 2017 a carga fiscal foi a mais elevada desde 1995 (34,5% do PIB); abusa das cativações o que origina uma degradação dos serviços públicos em especial na SAÚDE; a produtividade não aumenta; os empregos criados são frágeis e de salários baixos; está centrado no curto prazo…quer manter-se no poder a todo custo…

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