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Nos Açores prepara-se a luta contra o Estado Islâmico

16 abr, 2018 - 22:17 • Ana Rodrigues

São 30 os portugueses que vão para o Iraque dar formação às forças locais. Preparam-se nos Açores, mas temem as temperaturas, que podem chegar aos 60 graus.

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Militares portugueses preparam missão no Iraque. Reportagem de Ana Rodrigues

Em maio vai partir para o Iraque o 7º contingente nacional, totalmente preparado nos Açores.

São 30 os militares que se encontram agora em fase de prontidão. Vão treinar as forças iraquianas, substituindo a força que está no terreno desde novembro.

Para além da instabilidade no terreno provocada pelos ataques do Estado Islâmico, os portugueses vão enfrentar outro grande desafio, o calor extremo a que estes militares dos Açores não estão habituados, com temperaturas que podem chegar aos 60 graus e que estão a preocupar os militares.

O comandante da força, major Bruno Esteves, não esconde que a missão teve de ser adaptada ao calor que se espera

“Esta é uma missão desgastante, pelas condições atmosféricas adversas que vamos apanhar, vamos apanhar picos de temperatura na casa dos 60 graus e há um desgaste natural na esforça, porque a instrução começa muito cedo, tem um horário muito específico, em julho e agosto às 5h30 da manhã já estamos a dar instrução e por vezes chegamos às 10h30 ou 11h e a instrução tem de acabar porque já não há condições, tanto para nós como para os iraquianos”.

O 7º contingente nacional vai ficar em Besmaya de onde só vão sair para dar instrução em diversas áreas, mas, sobretudo, em tiro, uma das fragilidades das forças iraquianas e por isso vai fazer parte da instrução, mas o comandante da força admite que esse treino prático traz perigos para os portugueses

“Esta é uma tarefa não só crítica para eles, enquanto combatentes, mas também para nós porque é uma das tarefas que tem mais risco para nós. É o único momento em que o soldado iraquiano está à nossa frente armado e preparado para fazer fogo”, explica.

A experiencia dos contingentes anteriores trazem tranquilidade aos militares prestes a partir. A ameaça é real, já é conhecida e passou a ser mais urbana, por isso nos Açores é isso que se prepara para depois ensinar aos iraquianos.

O treino em Portugal é todo feito em Inglês porque é assim que vai acontecer no Iraque, com recurso a interpretes.

Aos 29 homens militares junta-se uma única mulher. A tenente Marina Balinha vai treinar homens iraquianos que não estão habituados a obedecer a mulheres, mas não se assusta e está focada na missão. “Vou planear as equipas de engenharia, todas as equipas que vão dar formação contra engenhos explosivos improvisados. Vão aprender a reagir e que medidas tomar para evitar problemas se virem alguma coisa.”

Vão ser seis meses de missão a treinar as forças iraquianas a combater o autoproclamado estado islâmico, dos Açores para o Iraque.

Comentários
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  • 17 abr, 2018 13:00
    Boa sorte! Que todos voltem com muita saúde e que tudo corra bem é o que desejo abraços para todos
  • Anónimo
    17 abr, 2018 00:23
    O Assad já deu conta do recado. É claro que Trump, Macron e May não estão satisfeitos com isso e já estão preparados para fomentar a criação do próximo Daesh.

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