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PS vota contra texto do BE que prevê alargamento das reformas

10 abr, 2018 - 22:10 • Susana Madureira Martins

Bloco fala em medida exequível e justa que iria abranger um universo de mais de 31 mil pessoas.

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O PS vai votar contra o projeto de lei do Bloco de Esquerda que prevê o alargamento da reforma antecipada sem a penalizações a todas as pessoas com 63 anos de e que aos 60 anos tenham, pelo menos, 40 de carreira contributiva.

O debate potestativo sobre o texto decorre, esta quarta-feira, no Parlamento, e fonte da bancada socialista confirma à Renascença o voto contra.

O diploma que o Bloco leva a votos concretiza uma medida que abrangeria um universo de mais de 31 mil pessoas.

O Governo previa para Janeiro a segunda fase do regime de reformas antecipadas para carreiras contributivas longas. O facto de a medida ter sido adiada levou o partido de Catarina Martins a marcar para esta quarta-feira um debate em plenário.

No encerramento das jornadas parlamentares do BE, que decorreram em Leiria no final de fevereiro, o líder da bancada, Pedro Filipe Soares, já tinha exigido que o Governo cumprisse o que tinha acordado, por escrito, com os bloquistas, e avisado, então, que se isso não acontecesse em março, avançaria no parlamento com esta proposta legislativa.

O deputado do BE José Soeiro explicou que o projeto de lei é apresentado "nos termos exatos da proposta do próprio Governo", uma vez que o executivo não cumpriu a entrada em vigor da segunda fase, que tinha acordado com o partido ser em janeiro deste ano.

“Existe uma folga orçamental significativa que é utilizada pelo ministro das Finanças para brilhar nas instituições europeias, anunciado que até vai rever as metas do défice. Portanto, esta medida é exequível do ponto de vista orçamental, é uma medida de justiça para quem tem uma vida inteira de descontos e corresponde também a um compromisso que o próprio Governo assumiu”, defende.

O PSD, através de fonte da direção da bancada social-democrata, já tinha adiantado à agência Lusa, na terça-feira à tarde, o voto contra o diploma do BE.


Comentários
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  • Joaquim
    11 abr, 2018 Castelo Branco 14:20
    Pelo menos que o permitam para as pessoas que fazem turnos porque os turnos da noite a partir de certa idade são cada vez mais difíceis de suportar.
  • Carlos Mendes
    11 abr, 2018 Sintra 10:24
    Os partidos não estão no parlamento para defenderem quem vota neles, mas sim, para defenderem os interesses pessoais e do partido. Quando foi para aprovarem a lei dos partidos, foi feito tudo às escondidas, para que ninguém visse. No entanto a comunicação social falou sobre o assunto, e os partidos tiveram que mostrar aos portugueses porque estavam a esconder. Para as reformas, não votam. Mostram que todos são corruptos. Porque eles têm pensões, têm reformas antes da idade, e não há problema. O Zé povinho que trabalhou e descontou um vida, os deputados votam contra. Também ninguém vai o meu voto. Cambada de vigaristas.
  • 11 abr, 2018 aldeia 08:49
    Sozinho o PS,não é e nunca foi uma boa opção,este género de governação é melhor,e a continuar,tanto o BE como PCP irão manter as suas posições se é que não sobem.

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