09 abr, 2018 - 00:08 • Teresa Paula Costa
Na 194ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que decorre de 9 a 12 de abril, em Fátima, os bispos vão refletir sobre a forma como os diferentes órgãos de comunicação ligados à Igreja podem colaborar entre si. Segundo o porta-voz da CEP, padre Manuel Barbosa, pretende-se “uma cooperação a partir da própria Conferência Episcopal, dos serviços centrais do secretariado”, para se “promover uma melhor comunicação”.
Envolvendo a Agência Ecclesia e a Rádio Renascença, o plano pode também vir a estender-se às publicações existentes nas várias dioceses do país, porque “cada uma tem a sua autonomia, mas nessa autonomia pode haver uma cooperação entre todos”. Com isto, explica, a Igreja “espera levar mais longe e de forma mais percetível a sua mensagem”, que deve ser transmitida “de uma maneira eficaz, visível, e compreensível por todas as pessoas.”
Mas, da agenda divulgada para esta sessão plenária fazem parte outros temas. Os bispos vão também debater o novo plano de formação de catequistas, proposto pela Comissão Episcopal da Educação Cristã e da Doutrina da Fé, e refletir sobre as respostas dos jovens ao questionário preparatório do Sínodo convocado pelo Papa para o próximo mês de outubro, devendo escolher os delegados a enviar ao encontro.
Em cima da mesa estará, também, o novo regulamento europeu relativo à proteção de dados pessoais e a sua aplicação às igrejas e associações religiosas em Portugal. Este regulamento, que entra em vigor em maio, tem implicações, por exemplo, nos registos de casamento e de batismo.
Nesta Assembleia Plenária deverão, ainda, ser aprovadas duas notas pastorais, uma sobre o mês de outubro de 2019, que o Papa consagrou às missões, e outra sobre os 800 anos de presença franciscana em Portugal.
Na sessão de abertura, marcada para as 16h00 de segunda-feira, discursará o cardeal-patriarca de Lisboa e presidente da CEP, D. Manuel Clemente. As conclusões do encontro serão conhecidas no último dia de trabalhos, na próxima quinta-feira.
A Conferência Episcopal Portuguesa foi formalmente reconhecida a seguir ao Concílio Vaticano II, em 1967. O seu Conselho Permanente reúne-se todos os meses. A Assembleia Plenária realiza-se duas vezes por ano.