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Funeral de D. António Santos. “Ele só foi à nossa frente, encontramo-nos depois”

28 mar, 2018 - 17:52 • Liliana Carona

Vieram de todas as dioceses do país, gente amiga, padres e irmãs que quiseram prestar homenagem ao bispo emérito da Guarda, D. António Santos. Não houve rostos de tristeza, mas sorrisos de gratidão.

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O bispo da Guarda, D. Manuel Felício, recordou, esta quarta-feira, o trabalho do seu antecessor na diocese da Guarda, na homilia da missa exequial de D. António dos Santos.

“Nesta hora que também tem sabor amargo de despedido, desejamos prestar a nossa singela homenagem a D. António dos Santos, que pela sua forma própria de estar na vida e na ação pastoral, foi um pai para esta diocese da Guarda, e em particular para os seus padres”, disse o bispo.

“D. António entrou na diocese da Guarda quando esta vivia mais de uma década de acentuada crise de vocações sacerdotais. O certo é que com a sua entrega decidida conseguiu abrir caminhos novos para chegar a uma situação bem diferente, pois durante os seus 25 anos de bispo ordenou 37 padres para o nosso presbitério diocesano”.

A Irmã Clarinda, das dominicanas de Santa Catarina de Sena, fez questão de estar presente e explicou que “o paço episcopal é junto da nossa casa e ele era muito amigo das crianças, muito próximo, muito atento aos gestos e aos olhares das crianças”.

João Paulo foi um dos fiéis que veio de propósito de Santo António de Vagos, terra natal do bispo emérito D. António dos Santos, que descreve como “uma pessoa cinco estrelas, fora de série, fora do normal”.

Já o padre José Geada recorda um bispo de homilias concisas, mas completas. “Mesmo na própria celebração litúrgica não se alongava muito, dizia o que a alma lhe inspirava, sucinto, mas no essencial completo”.

Registos de uma cerimónia que pode ser sintetizada com a ajuda das palavras da Irmã Clarinda: “Uma eterna saudade, uma despedida… Despedida não, porque ele só vai à nossa frente. Encontramo-nos depois”.

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  • António Bizarro
    29 mar, 2018 ÍLHAVO 10:55
    De facto perdemos um amigo. Era um homem bom, disponível para acudir aos mais necessitados. Convivi com ele desde que fez parte da Paróquia de Ílhavo. Estive com ele diversas vezes, já depois de ser Bispo da Guarda. Com ele, participei na missa do 30º dia do falecimento de D.Júlio Tavares Rebimbas, pessoa a quem Ílhavo muito deve, e que muito amava António Bizarro -ÍLHAVO

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