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Aluna raptada pelo Boko Haram rejeita liberdade por fidelidade a Cristo

27 mar, 2018 - 20:29

Para ser libertada juntamente com as suas colegas, Leah apenas tinha de renunciar ao cristianismo e aceitar o Islão, mas recusou.

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A única das 111 alunas da escola de Dapchi, na Nigéria, que continua refém do grupo terrorista Boko Haram, não foi libertada porque recusou converter-se ao Islão.

Leah Sharibu tem 15 anos e foi a única que não saiu em liberdade, no dia 21 de março, quando o Boko Haram tomou a decisão inesperada de libertar as raparigas que tinham sido raptadas no dia 19 de fevereiro.

Segundo a mãe de Leah, que recebeu relatos das restantes colegas libertadas, a sua filha terá afirmado sempre que “não se converteria”, não obstante a insistência das suas amigas e terá mesmo pedido que estas rezassem por ela.

Para além de Leah, que continua retida, há informação de que cinco das meninas não sobreviveram ao incidente, tendo morrido em cativeiro, em condições ainda por apurar.

A Nigéria é composta por populações significativas de cristãos e de muçulmanos, com estes a predominar no norte e aqueles no sul. Todas as alunas raptadas eram muçulmanas, à exceção de Leah.

O Boko Haram continua a semear o terror no Norte da Nigéria. A insurreição armada deste grupo jihadista já fez mais de 20 mil mortos e perto de dois milhões de deslocados, desde 2009, segundo a fundação Ajuda à Igreja que Sofre.

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  • MASQUEGRACINHA
    28 mar, 2018 TERRADOMEIO 16:00
    Pois, ainda vão existindo umas singularidades morais, para quem o "apenas tinha que" escapatório não é opção, preferindo acreditar que a fé move montanhas, ou que, se não mover, alguma coisa ainda mais maravilhosa vai acontecer... Não terá visto, a obstinada, o filme "Silêncio", do Scorsese. E ainda menos lido a opinião interpretativa de Henrique Raposo sobre o dito filme, e sobre a dita obstinação. Fake ou não, o caso interessa sobretudo pela tal singularidade moral, que continua a merecer notícia, logo a ser encarada como exemplar por todos nós, fracos e venais que somos. De facto, esta é a verdade da fé, e não, como dizia o outro, ir-se abjurando por isto e por aquilo, porque a verdade "está noutro lado".

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