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Coimbra. Veteranos decidem pela continuidade da garraiada na Queima das Fitas

21 mar, 2018 - 23:45

A decisão reverte a decisão da maioria dos 5.638 estudantes que participaram no referendo de 13 de março.

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O Conselho de Veteranos da Universidade de Coimbra decidiu que a garraiada permanece na Queima das Fitas de Coimbra, indo contra a decisão do referendo, onde 70,7% dos estudantes votaram pelo seu fim.

A direção-geral da Associação Académica de Coimbra garantiu que "vai levar a decisão democrática [do referendo] até às últimas consequências".

A decisão do Conselho de Veteranos, em reunião, "foi a de que a garraiada vai continuar no programa da Queima das Fitas", disse à agência Lusa o dux veteranorum (líder do organismo), João Luís Jesus, referindo que estiveram presentes na votação 27 veteranos.

João Luís Jesus recusou-se a dizer se a decisão da manutenção da garraiada foi aprovada por unanimidade, considerando que "não interessa o número de votos. Interessa que as decisões são por maioria".

O dux do Conselho de Veteranos afirmou também que tem "considerações a fazer sobre esta decisão", mas que apenas na sexta-feira irá prestar declarações sobre a votação, após analisar a situação e reunir com a Comissão Organizadora da Queima das Fitas (COQF) e a direção-geral da Associação Académica de Coimbra (AAC).

No referendo promovido a 13 de março, com uma participação de 5.638 estudantes, os alunos da Universidade de Coimbra decidiram acabar com a garraiada na Queima das Fitas.

À pergunta "Deve o evento garraiada continuar no programa oficial da Queima das Fitas?", 70,7% dos estudantes que participaram no referendo responderam "Não", 26,7% "Sim".

Na altura, o secretário-geral da COQF referiu que, após o resultado, o Conselho de Veteranos, que é um dos órgãos tutelares da Queima das Fitas e que rege as atividades tradicionais, teria a "palavra final".

Antes da reunião do Conselho de Veteranos, o dux tinha explicado à agência Lusa que iria levar à reunião a proposta de acabar com a garraiada, tal como decidido em referendo.

Questionado pela Lusa, o presidente da direção-geral da AAC, Alexandre Amado, afirmou que "a decisão, a confirmar-se, é surreal", garantindo que vai levar "a decisão democrática dos estudantes até às últimas consequências".

"Se os estudantes decidiram que não há garraiada, não há garraiada", vincou, referindo que pretende reunir com o dux "para perceber o que se passou".

A afluência às urnas para o referendo para a garraiada foi significativa, atendendo a que nas eleições para a direção-geral da Associação Académica de Coimbra participaram quase oito mil estudantes em 2017 e menos de cinco mil em 2016.

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