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​EDP rejeita acusações de negligência nos incêndios de outubro

21 mar, 2018 - 15:03

Empresa contesta conclusões do relatório da Comissão Técnica Independente, que aponta um comportamento negligente da EDP por não ter cumprido o regulamento e a distância de segurança entre as linhas elétricas e as árvores.

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A EDP rejeita qualquer hipótese de negligência nos incêndios de outubro.

“A informação disponível pela EDP Distribuição, referente ao comportamento das linhas elétricas nos dias em que ocorreram os incêndios em outubro de 2017, permite afirmar inequivocamente que não ocorreu qualquer incêndio associado a queda de árvores sobre a rede na zona da Lousã”, lê-se no comunicado enviado à Renascença.

A empresa reage assim as conclusões do relatório da Comissão Técnica Independente que refere um comportamento negligente da empresa por não ter cumprido o regulamento e a distância de segurança entre as linhas elétricas e as árvores.

“A EDP Distribuição dispõe de sistemas que monitorizam e registam, em permanência, todos os eventos relativos à exploração e operação das linhas, registos esses que permanecem disponíveis”, acrescenta a mesma nota.

A empresa refere ainda que, naquela zona do país, no dia 15 de outubro, têm registo da queda de apenas uma árvore de grande porte (11 metros), numa “localizada fora da faixa de proteção da EDP Distribuição”.

“A queda sobre a linha de Média Tensão não originou qualquer incêndio”, garante dando como prova uma fotografia tirada nessa altura.

“Esta árvore foi removida pelas equipas operacionais da EDP Distribuição duas horas após a queda, tendo sido reposto o regular funcionamento desta linha não se verificando nesse momento qualquer incendio neste local”, escreve.

A EDP esclarece ainda que “tomou a decisão de enviar imediatamente toda a documentação que suporta esta convicção para a Comissão Técnica independente”, garantindo “que esta informação já tinha sido entregue em devido tempo às autoridades competentes”.

A EDP Distribuição indica que investe anualmente cinco milhões de euros para cumprir a legislação que obriga à constituição e proteção de corredores e também de faixas de gestão de combustível que devem ter em conta as especificidades da vegetação.

A mesma empresa refere ainda que efetua igualmente a supervisão com recursos a meios aéreos e tecnologia laser numa extensão de 14 mil quilómetros, além de fazer as inspeções visuais e com recurso a drones.

A EDP Distribuição tem 84 mil quilómetros de linhas aéreas de alta tensão, 26 mil dos atravessam zonas florestais.

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  • 21 mar, 2018 palmela 21:54
    Antes de haver energia electrica ja existiam arvores! Quem tem de fazer limpeza as arvores e a edp! parece que ha por ai quem diga o contrario!

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