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​Porto Editora pode recorrer a Espanha, após destruição de gráfica por “fenómeno extremo”

21 mar, 2018 - 12:32

Cobertura da unidade, construída em 2000, colapsou e agora terá de ser demolida e reconstruída.

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O “fenómeno climatérico extremo” que a 14 de março destruiu a unidade gráfica da Porto Editora vai causar algumas perturbações no arranque do próximo ano letivo.

É o próprio responsável pela comunicação da empresa quem o admite. Em declarações à Renascença, Paulo Gonçalves garante que o impacto será mínimo mas “inevitável”.

“O que nós estamos a fazer é procurar junto de gráficas portuguesas, e se não for suficiente junto de gráficas espanholas, para assegurar a produção de todos os livros, incluindo os livros escolares. Poderá haver constrangimentos naturais, pois estamos a falar de milhões de livros e isto tudo vai ser muito complexo mas nós acreditamos mesmo que nós vamos conseguir diminuir o enorme impacto que isto poderia ter no mercado livreiro nacional”, descreve.

Segundo uma nota enviada à Renascença, colapsou “toda a cobertura da unidade gráfica e de uma parte da cobertura da unidade logística”, causando um prejuízo de “milhões de euros”.

“Os danos causados pelo referido fenómeno […] são de tal monta que tornam inevitável a demolição da parte gráfica, que foi inaugurada em 2000”, lê-se na nota.

Apesar dos prejuízos, Paulo Gonçalves adianta que os postos de trabalhos estão garantidos e que a nova gráfica estará pronta em 2019.

O comunicado adianta ainda que, decorrentes dos estragos, “também as livrarias online WOOK e Bertrand.pt têm o seu funcionamento condicionado”, assim como afetar “a presença das edições do Grupo Porto Editora nas livrarias”.

A empresa diz que “em quase 74 anos de história, esta é uma das mais difíceis situações já enfrentadas pelo Grupo Porto Editora, que vem agudizar as grandes dificuldades que o setor do livro atravessa em Portugal”.

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