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Sindicato defende jogadores perante suspeitas e ameaça com tomada de posição

20 mar, 2018 - 21:46

O Sindicato dos Jogadores insurge-se contra as suspeitas em torno da conduta dos atletas, frisando que não aceita que se ponha em causa a idoneidade da classe que representa.

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O Sindicato dos Jogadores saiu, esta terça-feira, em defesa dos jogadores profissionais de futebol, com um comunicado contra as suspeitas que se têm gerado em volta da conduta de vários atletas, com constantes denúncias, usualmente anónimas, de aliciamento, nas últimas semanas.

Fábio Pacheco, do Marítimo, Tiago Silva, do Feirense, e Vagner, do Boavista, foram recentemente visados por denúncias anónimas ou pelos presidentes dos respetivos clubes (caso de Pacheco), assim como as equipas do Estoril e do Tondela, pelas derrotas frente a "grandes".

O Sindicato exige, no comunicado, "respeito pelos jogadores" e sublinha que o "clima indiscriminado de suspeição sobre a conduta profissional dos futebolistas é inaceitável", criticando as "acusações trocadas entre dirigentes" e outros agentes desportivos, ou "trazidas para o domínio público", sem dar aos visados oportunidade de se defenderem.

"O Sindicato dos Jogadores tem tomado conhecimento de diversos casos de suspeição levantada sobre a conduta profissional de jogadores e diminuição das suas garantias laborais, nomeadamente através do afastamento do plantel e outras práticas que configuram assédio no trabalho", aponta o Sindicato, denunciando que se tem "preferido mediatizar os casos" em vez de deixar a justiça correr.

O Sindicato revela que tem recebido contactos de vários jogadores, de diferentes clubes e escalões, "ponderando uma tomada de posição conjunta, caso se continuem a verificar episódios desta natureza". Para que se evitem soluções drásticas, o Sindicato "apela à responsabilidade dos dirigentes e agentes desportivos, a um verdadeiro diálogo social, ao maior respeito pelos protagonistas, disponibilizando-se para mediar qualquer conflito em que estejam envolvidos praticantes".

"É absolutamente inadmissível que existam jogadores em Portugal a ser utilizados como 'armas de arremesso' e julgados na praça pública, com exposição pessoal, familiar e profissional e ser indiferente a este comportamento, pelo que, se se mantiverem os ataques ao seu carácter, idoneidade e profissionalismo não hesitaremos em mobilizar a classe para uma tomada de posição conjunta", conclui o Sindicato.

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