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Alijó é o primeiro município a fazer um plano municipal de ordenamento florestal

20 mar, 2018 - 15:23 • Olímpia Mairos

Entre os objectivos do novo instrumento, está a promoção da qualidade ambiental e da biodiversidade.

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O concelho de Alijó é “o primeiro concelho português” a criar um plano municipal de ordenamento florestal. A iniciativa da autarquia, que conta com a colaboração da Quercus e da Associação Nacional dos Engenheiros e Técnicos do Setor Florestal, visa “quebrar definitivamente o ciclo de incêndios que se instalou no território português”.

Segundo os parceiros do plano, com “o novo instrumento de planeamento será possível recentrar os espaços florestais na atividade das explorações agrícolas, reconstruir um território mais equilibrado e resiliente, reduzir os riscos a que se encontra sujeito, ser mais produtivo e com maior qualidade ambiental”.

O objetivo primeiro do plano, segundo os promotores, é “garantir a segurança de pessoas e bens, através do ordenamento florestal e territorial, prevenindo a ocorrência de incêndios e, no caso de estes ocorrerem, garantir que não se transformam em incêndios de grandes dimensões e causem um mínimo de prejuízos”.

“Dinamizar a economia local, promovendo a exploração dos diversos recursos naturais, produtos e serviços do ecossistema, assim como das espécies florestais melhor adaptadas aos locais” é outro grande objetivo desta iniciativa.

Para isso, é fundamental, dizem, recorrer “às técnicas silvícolas mais adequadas, de modo a garantir a exigência de serviço do ecossistema, matérias-primas e produtos de origem florestal capazes de potenciar o rendimento das populações locais e, em simultâneo, a criação de postos de trabalho”.

Em nome da qualidade ambiental e da biodiversidade

O novo instrumento pretende também promover a qualidade ambiental e biodiversidade, apostando em floresta autóctone e na promoção e valorização dos serviços do ecossistema, enriquecendo a paisagem e favorecendo a proteção dos solos e da água.

Por fim, o plano propõe-se integrar as diversas ferramentas de ordenamento do território, “agindo de modo a ser possível implementar no terreno ações concretas que reflitam as politicas municipais de desenvolvimento e que consigam integrar, de forma concreta e eficaz, os diversos instrumentos já existentes”, como o plano diretor municipal e o plano regional de ordenamento florestal.

Alijó tem território classificado como Património da Humanidade e tem apostado na atividade turística, pelo que a paisagem assume “um papel fundamental nos eixos do desenvolvimento”.

Daí os promotores do plano também pretenderem potenciar e transformar em fontes de rendimento atividades ligadas à floresta como a produção de madeira de várias espécies florestais, a produção de cortiça e resina, bem como a produção de mel, a recolha de cogumelos silvestres ou a caça.

O protocolo entre o município duriense, a Quercus e a Associação Nacional dos Engenheiros e Técnicos do Setor Florestal (ANESF) é formalizado esta terça-feira, na Câmara de Alijó.

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