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“Vatican Chapels” prometem brilhar na Bienal de Arquitetura de Veneza

20 mar, 2018 - 14:38 • Ecclesia

Capela de Eduardo Souto de Moura faz parte desta presença inédita, com 10 capelas, na ilha de San Giorgio Maggiore.

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A Santa Sé apresentou esta terça-feira o seu primeiro pavilhão na Bienal de Arquitetura de Veneza, as “Vatican Chapels”, um conjunto de 10 capelas de arquitetos internacionais, incluindo o português Eduardo Souto de Moura.

O presidente do Conselho Pontifício da Cultura (Santa Sé), cardeal Gianfranco Ravasi, disse que esta presença católica, na ilha de San Giorgio Maggiore, quer ser uma peregrinação em 10 etapas, para “crentes e não-crentes”, e que os edifícios terão como sinais tradicionais dos espaços de culto “o ambão e o altar”.

Para o cardeal italiano, é necessário promover este “diálogo de linguagens”, com a ajuda dos 10 arquitetos, para superar o “divórcio” entre a arte e a fé.

A capela projetada por Eduardo Souto de Moura, vencedor do prémio Pritzker, vai ser realizada pelo Laboratório Morseletto.

Os outros arquitetos convidados são Carla Juaçaba, Brasil; Smiljan Radic, Chile; Javier Corvalán, Paraguai; Eva Prats & Ricardo Flores (Flores & Prats), Espanha; Sean Godsell, Austrália; Norman Foster, Reino Unido; Andrew Berman, Estados Unidos da América; Teronobu Fujimori, Japão; e Francesco Cellini, Itália.

Francesco Magnani e Traudy Pelzel vão assinar o pavilhão que acolhe a mostra dos desenhos de Gunnar Asplund para a “Skogskapellet”, a “Capela no Bosque” construída em 1920 por no cemitério de Estocolmo que inspira a presença do Vaticano na XVI Mostra Internacional de Arquitetura da Bienal de Veneza.

O cardeal Ravasi sublinhou que a construção das capelas passou por recurso ao “mecenato” e não ao “simples patrocínio”.

A conferência de imprensa contou ainda com a de Paolo Baratta, presidente da Bienal; e de Francesco Dal Co, curador do pavilhão da Santa Sé.

A inauguração do Pavilhão está marcada para 25 de maio e a sua presença em Veneza estende-se até 25 de novembro deste ano.

O presidente do Conselho Pontifício da Cultura (Santa Sé) tinha já referido à Agência Ecclesia que a presença da Santa Sé, a partir de maio, quer deixar uma marca significativa neste evento.

“A Santa Sé estará presente em Veneza com um dos pavilhões mais estrondosos”, anunciara o cardeal Gianfranco Ravasi, não com maquetes ou desenhos, mas com 10 capelas numa “ilha belíssima”, San Giorgio Maggiore, num bosque com vista para o mar.

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