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Nicolas Sarkozy detido por suspeitas de financiamento ilegal

20 mar, 2018 - 07:41

Ex-presidente francês vai ser ouvido no âmbito de uma investigação ao financiamento da campanha de 2007.

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O ex-Presidente da República francês foi detido, esta terça-feira, e está a ser ouvido pela polícia francesa. Nicolas Sarkozy é investigado pela suspeita de financiamento ilícito da campanha presidencial de 2007, da qual saiu vencedor.

De acordo com o jornal "Le Monde", em causa estão cinco milhões de euros em dinheiro, oriundos da Líbia, que foram entregues à campanha de Sarkozy.

O antigo governante está nas instalações da Polícia Judiciária em Nanterre, no arredores de Paris, podendo ficar detido nas próximas 48 horas.

Em 2012, o site francês Mediapart divulgou um documento que menciona um financiamento da Líbia à campanha de Sarkozy. Desde então, segundo o "Le Monde", a investigação da justiça avançou consideravelmente, reforçando as suspeitas sobre a campanha do ex-líder francês.

Esta é a primeira vez que é ouvido, desde a abertura do inquérito judicial em abril de 2013.

Um dos juízes que dirigiu esta investigação é o mesmo que o acusou no caso dos fundos para a campanha de 2012, em que Sarkozy não foi eleito, perdendo para François Hollande.

O antigo governante já tinha sido detido e ouvido pela polícia francesa, em 2014, noutro caso de suspeita de tráfico de influências.

Nicolas Sarkozy, eleito o 23.º Presidente, ocupou o Eliseu entre 2007 e 2012. Durante o seu mandado baixou os impostos dos ricos, valendo-lhe a alcunha de Presidente 'bling-bling’, flexibilizou a legislação laboral para diluir as 35 horas semanais instituídas por um anterior Governo socialista e promoveu uma reforma nas pensões para aumentar a idade dos 60 para os 62 anos até 2018.

A nível internacional, aproximou a França dos Estados Unidos, foi o rosto da libertação de Ingrid Betancourt, refém das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) desde 2002, negociou o cessar-fogo no conflito que opôs a Rússia à Geórgia, foi a figura ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel, na condução dos destinos europeus e na busca de soluções para a crise, foi o número um da intervenção na Líbia.


Comentários
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  • Mário Guimarães
    20 mar, 2018 Lisboa 13:56
    Este não vale nada .Também quis meter a família à conta do Estado francês. São os franceses que prepararam os nossos traidores e que apoiam o PS em Portugal que é efectivamente a sua representação comercial .O governo socialista vai tentar de novo impingir o TGV para os portugueses pagarem , daí agora fraca manutenção descarrilamentos ,etc..Uma vergonha ! Construiram o Metro do Rio de Janeiro que foi considerado o mais caro do Mundo. Os portugueses continuam a ver futebol enquanto são enganados e ainda votam .Lixo !
  • Ricardo Martins
    20 mar, 2018 Lisboa 12:58
    Não quiseram Marine Le Pen levaram com este corrupto !!!
  • Roma
    20 mar, 2018 lisboa 12:06
    Na Roma antiga envenenanvam-se e assassinavam-se os políticos quando não agradavam ao imperador ou Senado agora crucificam-se pela Justiça.Roma caiu a democracia sobrevirá.?
  • Tudo gado refugo
    20 mar, 2018 Lisboa 08:43
    Para nós Portugueses vai ser interessante ver como é que os media e a Justiça Francesa vão tratar este caso. Para depois comparar como é que os nossos jornaleiros e os nossos justiceiros tratam os nossos casos similares. Para já há a registar o facto de não ter sido detido com a presença das televisões.

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