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Britânica aprende 35 idiomas e é eleita a melhor professora do mundo

19 mar, 2018 - 10:47

Andria Zafirakou dá aulas numa das zonas mais pobres e violentas do Reino Unido e aprendeu frases simples para conseguir comunicar com os alunos estrangeiros.

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A professora de artes Andria Zafirakou, 39 anos, foi distinguida com o “Global Teacher Prize”, considerado o Prémio Nobel da Educação, atribuído pela Varkey Foundation, em Inglaterra.

O prémio homenageia um professor que tenha contribuído de forma relevante para a profissão e foi, este ano, atribuído a Andria Zafirakou, que recebeu cerca de 810 mil euros (um milhão de dólares) numa cerimónia realizada no último domingo, no Dubai.

Andria é do norte de Londres e dá aulas na Alperton Community School, uma escola localizada no distrito de Brent, um dos lugares mais pobres e violentos do país.

A área concentra muitos imigrantes e estima-se que ali sejam faladas cerca de 130 línguas. Para se aproximar dos seus alunos, a professora aprendeu frases básicas em 35 idiomas, incluindo hindi, somali e português.

Andria Zafirakou visitou ainda os familiares dos alunos e, durante a cerimónia de entrega do prémio, afirmou que muitos estudantes vivem em "circunstâncias desafiadoras" e têm "vidas difíceis", mas que podem sempre contar com a escola.

"A comunidade onde eu ensino, em Brent, é muito diversificada e, como tal, muito bonita e uma das comunidades mais multiculturais do mundo. O que é incrível é que, apesar dos problemas que os alunos enfrentam em casa, do que lhes falta na vida ou do que lhes proporciona dor, a nossa escola é deles", destaca.

Questionada sobre o que vai fazer com o dinheiro do prémio, Zafirakou disse: "Vou ser paciente. Vou refletir, mas acho que seria fantástico se eu pudesse pensar em como as artes podem ser ainda mais aproveitadas dentro da comunidade escolar".

A professora pediu mais apoio para as artes e defendeu que as escolas podem fazer a diferença na vida das crianças ao estimular a criatividade.

Andria Zafirakou ficou à frente de cerca de 30 mil candidatos de todo o mundo ao prémio e tornou-se na primeira professora do Reino Unido a obter a distinção.

No ano passado, a professora canadiana Maggie MacDonnell ganhou o prémio pelo seu trabalho com estudantes indígenas na isolada aldeia de Salluit, no norte do Quebeque.

Comentários
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  • Roberto Moreno
    19 mar, 2018 Lisboa 13:23
    Parabéns à organização por ter atribuído este premio há quem se preocupa em respeitar e apreender a língua materna dos seus alunos. Quanto ao dinheiro do premio, possivelmente ser atribuído às artes dentro da comunidade escolar, sugiro o ensino e a reflexão da “Sétima arte”, o cinema. Desta forma, poderá ser divulgado, ao nível mundial, o nível da “Educação” nos países do mundo e, qual a língua mais apropriada para unir todos os povos, numa avaliação democrática e científica. A língua inglesa, por exemplo, seria excluída, pelo fato de se incentivar ao monoglotismo. O bilinguismo do Galego-brasileiro (mais conhecida como português do Brasil, por fatores geopolíticos) passa a ser a escolhida, pelo fato desta entender 90% do “espanhol” e 50% do italiano, sem qualquer dificuldade e une, a partir do “espanhol”, 800 milhões em 30 países nos 5 continentes e, se acrescentar o italiano ultrapassa os 900 milhões, superando o inglês e o mandarim, com a vantagem de o Galego-brasileiro (quiçá, futura Geolíngua) possuir os 5 pré-requisitos para ser uma língua universal - o quantitativo, qualitativo, geopolítico, geoeconômico e ser duas línguas em uma.
  • José Pereira
    19 mar, 2018 Ponta Delgada 11:17
    Muito bem, profissional de excelência, parabéns.

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