Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

“E-Toupeira”. PGR confirma que magistrada cujas credenciais foram usadas não é suspeita

08 mar, 2018 - 18:42

Nota esclarece que as credenciais informáticas foram usadas sem o seu conhecimento ou consentimento.

A+ / A-

A Procuradoria-Geral da República (PGR) esclarece que o inquérito 'E-Toupeira' tem cinco arguidos e que a magistrada cujas credenciais informáticas foram usadas sem o seu conhecimento ou consentimento não é suspeita, nem visada na investigação.

Segundo nota do gabinete de imprensa da PGR, o inquérito 'E-Toupeira' apurou que foram, designadamente, usadas credenciais informáticas de uma magistrada do Ministério Público que, neste momento, se encontra colocada na coadjuvação da Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), mas que "tal utilização efetuou-se sem o conhecimento ou consentimento da titular das credenciais, a qual, sendo completamente alheia ao sucedido, não é, nem nunca foi, suspeita ou visada na investigação em curso".

Em causa está a utilização de credenciais alheias para aceder à aplicação Citius e, desta forma, recolher informação relacionada com processos, designadamente envolvendo o Sport Lisboa e Benfica.

O inquérito, dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, tem por objeto factos suscetíveis de integrarem crimes de corrupção, peculato, violação do segredo de justiça, favorecimento pessoal, falsidade informática, acesso ilegítimo e burla informática, indica o mesmo comunicado.

A PGR lembra que na sequência das detenções efetuadas, na quarta-feira foram apresentados a primeiro interrogatório judicial dois arguidos, tendo a juíza de Instrução Criminal decidido aplicar a um dos arguidos a medida de coação de prisão preventiva. O outro ficou sujeito a proibição de contactos com os restantes arguidos.

A prisão preventiva foi aplicada ao funcionário judicial do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ) José Silva, tendo o assessor jurídico do Benfica Paulo Gonçalves sido colocado em liberdade, mas sujeito à proibição de contactar os outros arguidos.

Nesta investigação, o Ministério Público é coadjuvado pela Polícia Judiciária e tem a colaboração do IGFEJ.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+