07 mar, 2018 - 18:22
O empresário de Fábio Pacheco não cala a indignação pela suspensão preventiva que foi aplicada ao jogador pelo Marítimo, que o impede de treinar e anuncia, em Bola Branca, que o caso está já entregue ao advogado do médio.
Em causa está, de acordo com a ordem dada pelo presidente dos madeirenses, Carlos Pereira, a exibição do "trinco" durante a goleada sofrida diante do Benfica, no passado sábado, no Estádio da Luz (5-0).
"Não nos restou outra solução que não comunicar ao advogado para defender o Fábio Pacheco. E já o fez", revela António Araújo, dando conta da "tristeza" que o médio sente e fazendo votos para que Carlos Pereira volte atrás na decisão e que venha a público defender a idoneidade do atleta.
"O que espero é que o presidente do Marítimo tenha a dignidade de se retratar disto e que reintegre o jogador o mais rapidamente possível. Mas já ninguém lhe tira a tristeza, a frustração e tudo o que já levou no dia de ontem e continua a levar no dia de hoje", dispara, sem reservas, assegurando a seridade de Fábio Pacheco. Dentro e fora das quatro-linhas.
"O Fábio Pacheco nunca pôs em causa o seu altíssimo nível de profissionalismo nem o grande homem que é. Isso de colocar em causa a sua continuidade não pode acontecer, porque o jogador nada fez para merecer tal constrangimento", assegura António Araújo.
"Se é para suspender, que se suspenda toda a gente"
O representante de Fábio Pacheco confessa perplexidade, por outro lado, pelo facto de apenas o médio que agencia tenha sido visado pela administração verde-rubra.
Para António Araújo, a lógica é simples: ou comem todos, ou há moralidade.
"Perderam 5-0 com o Benfica. Mas já não tinham perdido 5-1 com o Sporting?", recorda, concluindo com duas questões finais: "Se tiveram uma tarde menos feliz, culpa-se só um? Tem de se culpar e julgar todos. Se o jogador teve um lance menos bom, os outros não tiveram? Se é para suspender, que se suspenda toda a gente".
Entretanto, para quinta-feira estará já agendada uma reunião entre Fábio Pacheco e Carlos Pereira.