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Ministro diz aos autarcas para sacrificarem festas e limparem floresta

26 fev, 2018 - 17:20 • Teresa Paula Costa

Capoulas Santos acompanhou ação de limpeza e anunciou um conjunto de medidas para prevenir incêndios como os do ano passado.

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O ministro da Agricultura, Capoulas Santos, pede aos autarcas que, se for preciso, abdiquem das festas para financiar a limpeza da floresta.

De visita a Bouceiros, em Porto de Mós, onde acompanhou uma ação de limpeza de um terreno, o governante pediu aos autarcas, que se queixam de falta de dinheiro para se substituírem aos privados, que estabeleçam prioridades.

“Levar mais longe esta tarefa implica, porventura, cortar noutras despesas, implicará sacrificar algumas festas. Não sei, mas cada um, dentro dos recursos de que dispõe, e é só esses que pode mobilizar, terá de fazer as suas opções e levar o esforço tão longe quanto possível”, disse Capoulas Santos aos jornalistas.

Nesta ação de limpeza, o ministro foi abordado pelos homens que efetuavam o trabalho, que se queixaram das condições do material que estavam a utilizar.

Questionado pelos jornalistas, Capoulas Santos, que criou os sapadores florestais há 15 anos quando ocupava a mesma pasta, disse que os trabalhadores tinham toda a razão.

Lamentando que, de então para cá, nada mais tenha sido feito, anunciou um conjunto de medidas para prevenir incêndios como os do ano passado.

"Voltei 15 anos depois com poucas mais brigadas do que aquelas que tinham sido criadas, com os mesmos equipamentos que estavam há 15 anos em fase de não-utilização, com o mesmo tipo de apoio financeiro", sublinhou.

Para resolver a situação, o ministro anunciou um "aumento do apoio financeiro", que, em 2017, significou um reforço com 70 formações, "entre recuperação de equipas e novas equipas".

"Este ano, já está a decorrer um concurso para cem novas equipas e para reequipar outras 35. E aumentámos o montante financeiro para as equipas de sapadores", anunciou, avançando ainda a abertura, "ontem", de um concurso de três mil euros por equipa, "para que seja possível dotá-las de novos equipamentos de proteção".

Comentários
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  • João P.
    27 fev, 2018 Lisboa 15:33
    Perante os comentários aqui insertos verifica-se que a noção do que seja limpar matas está bastante distorcida. Devem desconhecer os custos para efetivar estes trabalhos e além demais parece-me não existir um procedimento estruturado para a recolha e destruição da biomassa cortada. A continuar -se a bater nesta tecla improvisada parece-me que irão existir mais focos de incêndio para garantir-se a limpeza radical dos terrenos. Questiono-me porque razão não se dá um pequeno incentivo a quem se vê na obrigatoriedade de levar a cabo estas tarefas criando uma adenda ao IRS considerando dedutíveis estas despesas. Ir ao bolso de terceiros e principalmente daqueles já tão debilitados é fácil. Tem se promovido a interioridade e a segregação do interior distanciando-o artificialmente das áreas de decisão e onde as coisas acontecem e depois espantam-se com a realidade. Tenho constatado que nas áreas ardidas as placas de sinalização continuam a perpetuar as ocorrências do passado ano, pois mas lembrei-me agora de que a sua renovação não sai diretamente do bolso do cidadão mas dos orçamentos públicos
  • DR XICO
    27 fev, 2018 LISBOA 14:15
    Pelo que nos é mostrado todos os dias nas TVs o porcaria continua junto às casas, armazéns agrícolas, palheiros, propriedades imundas enfim os galegos são mesmo porcos não tem noção de limpeza, querem é ajuda para fazer aquilo que são obrigados. Multas para cima desta gente, só mesmo no norte do país se v~e setas poucas vergonhas no sul toda a gente tem orgulho em mostrar as propriedades limpas.
  • 27 fev, 2018 aldeia 06:28
    Já é tempo de se mudar este paradigma,as florestas têm de ser limpas e conservadas,a prevenção para que os incêndios diminuam muito tem de começar já.A GNR,e os Bombeiros também podem ajudar nesta prevenção,e as autarquias se não cumprirem,cortem-lhes a verba ou depois do prazo estabelecido e não cumprido,sejam culpabilizados.
  • 26 fev, 2018 20:49
    alguma coisa vai ter de ser feita!
  • fanã
    26 fev, 2018 aveiro 20:42
    As Autarquias locais , investem por vezes sem contar em festonas ; ora , privar os queridos eleitores destas distracções dignas dos jogos do circo da antiguidade , foguetes , tintol e cervejas , Os Quims Berreiros e companhia seria perder os votos do Zé Povinho . Por essa e por outras temos por vezes aquilo que merecemos !
  • 26 fev, 2018 20:34
    sera posssivel que o presidente da republica so se preocupe com debates?
  • Caciquismo serôdio
    26 fev, 2018 Lisboa 19:38
    E diz bem. Os senhores autarcas são muito responsáveis pelo ragabofe. Para não perderem votos não pressionam os aldeões a limpar o que deve ser limpo de acordo com a lei. Para além disso sabemos que em todas as Câmaras deste País nunca há dinheiro para limpeza de ruas , tapar buracos das estradas, reparar passeios e outras obras necessárias. Mas para festas e festinhas com contratação de artistas pimba pagos a peso de ouro há sempre dinheiro. Para isso e para fazer rotundas mesmo em zonas onde passam vinte carros por dia. Há qua acabar com toda esta rebaldaria pois pão e circo foi no tempo dos romanos.
  • 26 fev, 2018 palmela 17:35
    O presidente da republica devia se pronunciar sobre isto! Empurrar uns para os outos significa que nao temos estado!

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