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Renúncias quaresmais apoiam projetos em Portugal, África, Ásia e Médio Oriente

21 fev, 2018 - 20:08 • Ecclesia

Vítimas dos incêndios de 2017 e cristãos perseguidos pelo Estado Islâmico vão receber ajuda das comunidades católicas portuguesas.

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As dioceses católicas portuguesas vão destinar as renúncias quaresmais a apoiar diversos projetos internos, recordando também as vítimas dos incêndios de 2017, e de ajuda a países de África e Médio Oriente, com destaque para o apoio aos cristãos perseguidos.

As dioceses insulares, Angra, nos Açores, e o Funchal, na Madeira, vão ajudar respetivamente as vítimas dos incêndios de 2017 e a reconstrução das casas dos cristãos no Iraque, através da Fundação Ajuda a Igreja que Sofre, bem como o Fundo Social Diocesano.

A Diocese do Funchal informa que a renúncia vai ser destinada em partes iguais para os dois fins.

D. José Alves, arcebispo de Évora, na sua mensagem fez “um veemente” apelo também a favor dos cristãos da Síria, onde a guerra civil dura há oito anos e já provocou 400 mil mortos, cinco milhões de refugiados e oito milhões de deslocado internos.

A Igreja Católica em Setúbal vai nesta Quaresma apoiar a nova comunidade do Segundo Torrão – Trafaria e os cristãos na Síria e no Iraque.

Os católicos no território da Diocese de Leiria-Fátima vão ajudar os cristãos perseguidos no Iraque e no Paquistão, através da Fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre.

O bispo de Viana do Castelo, D. Anacleto Oliveira, informou que com o Conselho Episcopal decidiram que a partilha fraterna vai internamente para a catedral, como ajuda para “as obras de restauro”.

A diocese do Alto Minho vai apoiar a Diocese de Navrongo-Bolgatanga, no Gana, para o “necessário e urgente apetrechamento do bloco operatório” de um hospital construído em zona rural particularmente carenciada.

No extremo oposto, a Diocese do Algarve destina a sua renúncia para a comunidade do Rogil, em Aljezur, que há muito está “empenhada” em possuir um espaço próprio para as “necessidades mais elementares”.

Já o bispo das Forças Armadas e de Segurança revelou que depois de escutar “todos os capelães e outras estruturas de participação” foi decidido que 25% da partilha quaresmal “ficaria à guarda da Capelania Mor para acorrer a eventuais necessidades pontuais urgentes que surjam entre os militares e polícias.

Segundo D. Manuel Linda, os restantes 75% vão ser enviados para Moçambique, “especialmente por intermédio da associação AFIM – Ajuda Fraterna à Ilha de Moçambique, fundada por um capelão militar e com muitos outros militares nos órgãos sociais.

A Arquidiocese de Braga também vai ajudar Moçambique, mais concretamente, a Paróquia de Santa Cecília de Ocua, na Diocese de Pemba, para a criação de “estruturas básicas para a promoção e evangelização”.

D. Jorge Ortiga indica ainda que os católicos vão ainda apoiar o ‘Fundo Partilhar com Esperança’, para a solidariedade com “pessoas que não dispõem dos mínimos para uma vida feliz”.

Para África é também parte da partilha fraterna da Diocese do Porto que vai dar apoio a um Orfanato das Irmãs Marianitas, na Guiné-Bissau, e o restante reverte para o Fundo Solidário Diocesano.

Em Aveiro, o bispo informou que o tradicional “contributo penitencial” tem este ano três destinos: Colégio de Nossa Senhora da Apresentação, em Calvão, o Fundo Diocesano de Emergência Social, ligado à Caritas, e projetos missionários na Diocese de São Tomé e Príncipe.

As Dioceses de Lamego e Portalegre-Castelo Branco no âmbito internacional vão ajudar a República Democrática do Congo, respetivamente, através dos Missionários Combonianos, que têm missões na região do Kivu e Diocese de Beni-Butembo, e ajudar a construir um Centro de Saúde, na Arquidiocese de Kananga.

Depois, Portalegre-Castelo Branco destina ainda 25% ao Fundo Social Diocesano, gerido pela Cáritas, e Lamego nas obras que estão a decorrer no seminário diocesano.

Em Santarém, a renúncia quaresmal é para o Fundo de Partilha Diocesano, gerido pela Cáritas local.

Por sua vez, o cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, anunciou que o montante dos donativos recolhidos nas comunidades católicas é para a construção de um novo edifício da Escola ‘Sacré Coeur’, na República Centro-Africana, onde trabalham as Irmãs Oblatas do Coração de Jesus.

“Sede generosos, tendo presente que a esmola apaga uma multidão de pecados”, escreveu o bispo de Beja, D. João Marcos, no documento onde informa que a Renúncia Quaresmal vai ajudar os cristãos que vivem na Terra Santa e a própria diocese, em partes iguais.

O bispo da Guarda afirma que a “esmola fortalece sempre a experiência da comunhão” e a diocese vai também apoiar a Guiné-Bissau, a construção de uma cantina escolar numa missão católica, enquanto em Portugal vão ajudar as famílias que foram afetadas pelos incêndios na região, em 2017.

Para projetos internos destina-se também a partilha solidária no Algarve que este ano reverte para a comunidade do Rogil, em Aljezur; a de Bragança-Miranda para as “muitas necessidades de formação pastoral e espiritual” da diocese, especialmente, a construção da Casa Pastoral; e Vila Real, onde D. Amândio Tomás vai canalizar a “Renúncia Voluntária dos Fiéis” para as Conferências de S. Vicente de Paulo.

O bispo de Vila Real anuncia também a criação de “Bolsas de Estudo, a favor de Seminaristas Pobres”.

Em Coimbra, D. Virgílio do Nascimento Antunes informou que a Renúncia Quaresmal deste ano se destina à Comunidade Juvenil São Francisco, uma Instituição Particular de Solidariedade Social, da diocese, que se destina a acolher crianças e jovens; tem um polo em Eiras e outro em Olho Marinho – Vila Nova de Poiares.

A renúncia quaresmal é uma prática proposta pela Igreja Católica em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano.

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