21 fev, 2018 - 12:45 • José Pedro Pinto
Um árbitro debaixo de fogo e alvo de "calúnias" que são infundadas. É esta a perspetiva do presidente da Associação Portuguesa de Àrbitros de Futebol (APAF), em Bola Branca.
Desde segunda-feira à noite, João Capela tem sido "bombardeado" com críticas, depois da extensão do período de compensação do Tondela-Sporting (1-2), que os leões venceram com um golo apontado por Coates, já aos 90'+9 - cinco minutos para além dos quatro decretados pelo juiz lisboeta.
Já terça-feira, seria a vez de Francisco J. Marques, diretor de comunicação do FC Porto, acusar Capela de ter recorrido a uma espécie de expediente fraudulento, na época passada, para não ser despromovido à segunda categoria da arbitragem nacional.
A defesa do árbitro internacional é feita, em Bola Branca, por Luciano Gonçalves.
"As pessoas têm de ter noção das calúnias e suspeições que levantam e sofrer as consequências nos órgãos competentes. É assim que a APAF se pauta, sempre. As pessoas esquecem-se que por trás do árbitro existe família, os seus filhos vão para a escola e este tipo de atitudes, vindo para a praça pública, visa tudo menos colaborar com a melhoria do futebol", começa por dizer, deixando perceber que a associação de classe dos juízes está preparada para auxiliar juridicamente João Capela numa eventual exposição junto da Federação quanto às acusações lançadas pelo "homem forte" da comunicação azul e branca.
"A APAF está solidária com o João Capela e iremos apoiá-lo sempre, como a todos os árbitros que diariamente sofrem deste tipo de atitudes. A APAF está disponível e irá fazê-lo para defesa de um seu associado, face às calúnias levantadas", completa Luciano Gonçalves, admitindo fazer uma exposição Federação, caso essa diligência defenda João Capela.