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Arcebispo pede a nações islâmicas que ajudem a reconstruir aldeias cristãs no Iraque

20 fev, 2018 - 20:14

“Não basta dizer que o Estado Islâmico não representa o Islão”, diz Bashar Warda, que pede um “sinal de solidariedade” ao mundo islâmico.

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O arcebispo católico de Erbil, no Curdistão iraquiano, pede às nações muçulmanas que contribuam para a reconstrução das aldeias e vilas cristãs e yazidis que foram destruídas ou danificadas durante a ocupação por parte do Estado Islâmico, no Iraque.

Falando na Universidade de Georgetown, em Washington, durante uma visita aos Estados Unidos, o arcebispo deu como bom exemplo os Emirados Árabes Unidos. “Desde os ataques do Estado Islâmico têm-nos ajudado a todos – cristãos, yazidis e muçulmanos”, afirmou, citado pela World Watch Monitor.

Aos países islâmicos diz que “não basta dizer que o Estado Islâmico não representa o Islão, precisamos de mais do que isso”.

Desde o avanço do Estado Islâmico no norte do Iraque, após a quede de Mossul no verão de 2014, Erbil tornou-se ponto de refúgio para centenas de milhares de cristãos e de yazidis. O regresso às suas terras ancestrais tem demorado devido à destruição de milhares de edifícios e casas e do medo que persiste entre a comunidade.

Mas Bashar Warda diz que existe também um sentimento de libertação quando já não há nada a perder, o que lhe permite ser exigente para com a comunidade islâmica. “Não aceitamos que uma religião tenha o direito de matar a outra. É preciso uma mudança e uma correção de rumo no Islão”, diz, recordando que a perseguição dos cristãos naquela parte do mundo não começou com o Estado Islâmico. “Passamos por isto não nos últimos quatro anos, mas nos últimos 1400”.

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