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Trump admite regras mais apertadas para quem compra armas

19 fev, 2018 - 17:58

A Casa Branca anunciou que Trump quer discutir a legislação federal sobre a verificação de antecedentes de quem compra armas.

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Donald Trump está disponível para abrir uma discussão bipartidária sobre as regras de acesso às armas de fogo nos Estados Unidos.

O Presidente esteve reunido com o senador republicano John Cornyn e o senador democrata Chris Murphy para discutir uma alteração à lei que tem por objetivo dificultar o acesso a armas de fogo, fez saber a Casa Branca.

O projeto de lei federal quer avançar com medidas que impeçam pessoas com registo criminal de comprar armas de fogo.

Se for revista, a lei passa a punir as agências federais – como o FBI, o Departamento Federal de Investigação – que não apresentem os registos das pessoas que não cumpram as regras.

“Embora as discussões ainda estejam a decorrer, estão a ser consideradas revisões à lei”, anunciou a porta-voz da Casa Branca, Sarah Huckabee.

“O Presidente apoia os esforços para melhorar o sistema federal de verificação de antecedentes”, clarificou.

O projeto de lei, que começa agora a ser discutido, foi proposto por oito senadores (quatro republicanos, do mesmo partido de Trump) e quatro democratas, em novembro passado.

A revisão da lei “quer garantir que as autoridades federais e locais cumprem escrupulosamente a legislação em vigor, e que assinalam corretamente os antecedentes criminais relevantes para o registo nacional de verificação (NICS, na sigla em inglês)”, pode ler-se na proposta de lei.

A revisão da lei quer também que os compradores de armas sejam mais monitorizados, nomeadamente através do cruzamento com os registos de crimes de violência doméstica.

Trump admite mais rigor na venda de armas

A reunião do Presidente dos Estados Unidos, com os dois senadores que apresentaram a proposta de revisão da lei, pode significar uma ligeira mudança de posição em relação à venda de armas.

Donald Trump tem manifestado ao longo dos anos um forte apoio à associação nacional das armas, a National Riffle Association (NRA) e tem sido duramente criticado pela sua reação ao tiroteio numa escola da Florida, que provocou pelo menos 17 mortos.

A declaração da Casa Branca surge depois de o ex-diplomata Alfred Hoffman Jr., afirmar que não financiaria mais nenhuma campanha republicana que não restrinja a posse de armas.

O antigo embaixador dos EUA em Portugal entre 2005 e 2007, que já doou milhões de dólares a diversos candidatos republicanos ao longo dos anos, defende a limitação do acesso a armas semiautomáticas.

"Não vou passar mais nenhum cheque, a menos que todos apoiem a proibição de armas de assalto", escreveu Alfred Hoffman Jr. num email. "Já chega!", acrescentou.

“Ele conhecia a escola, preparou-se para isto”. Alunos descrevem tiroteio em escola nos EUA
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