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Morais Sarmento pede a Marcelo que seja motor de consensos

17 fev, 2018 - 19:55 • Eunice Lourenço

“Parece que, por pudor ou vergonha, não o elogiamos”, lamentou o ex-ministro, que está de regresso à direcção do PSD.

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"Por vergonha ou pudor, não elogiamos Marcelo", lamenta Morais Sarmento
"Por vergonha ou pudor, não elogiamos Marcelo", lamenta Morais Sarmento

Nuno Morais Sarmento pediu, este sábado, a Marcelo Rebelo de Sousa seja um mobilizador de consensos na sociedade e na política portuguesas.

O ex-ministro, que está de regresso à direcção do PSD com Rui Rio, discursou no congresso do seu partido, tendo lamentado que seja a esquerda a elogiar mais o Presidente da República.

“Parece que, por pudor ou vergonha, não o elogiamos”, lamentou Sarmento, que foi a única voz na tarde do congresso a falar do Presidente, que já liderou o PSD e que foi eleito com o apoio dos sociais-democratas.

“Sinto um orgulho enorme em quem foi capaz de estabelecer esta ligação com os portugueses. Devemos a Marcelo uma palavra de agradecimento”, continuou o ex-ministro que fez parte da direcção de Marcelo quando este foi presidente do PSD.

Sarmento lembrou um apelo que fez a Cavaco, há 12 anos, e renovou-o, agora, a Marcelo: ser um gerador de consensos e de pactos para as reformas que o país precisa. O actual Presidente, argumentou, pela “única e particular relação que conseguiu estabelecer com os portugueses” tem “possibilidades e responsabilidades acrescidas” na definição das linhas orientadoras do desenvolvimento do país.

“Se isso acontecer, deixaremos, então, de falar de mais ou menos centrão, de consenso à esquerda ou à direita, passaremos a falar de um conjunto de temas que podem e devem ser enunciados pelos partidos, mas que enquanto temas de regime passarão para o patrocínio do presidente da república a quem caberá sensibilizar e mobilizar o país para essa discussão “, disse Sarmento, que nunca definiu as áreas concretas para esses temas.

Preocupações com a Madeira

Na parte inicial do seu discurso, Morais Sarmento falou sobre a Madeira, manifestando preocupação com a “gerigonça” que se pode estar a formar para derrotar o PSD nas próximas eleições regionais. As eleições da Madeira, onde o Governo Regional é liderado por Miguel Albuquerque, são o primeiro acto eleitoral que a nova direcção do PSD vai enfrentar.

Nessas eleições, que devem decorrer em Março de 2019, a esquerda pode unir-se para eleger Paulo Cafofo, actual presidente da Câmara Municipal do Funchal, para onde foi eleito numa grande coligação de esquerda, sucedendo precisamente a Miguel Albuquerque. Agora, preparar-se para tentar o mesmo no Governo Regional.

É preciso “enfrentar e sem medos toda esta frente de esquerda”, disse Sarmento.

Miguel Albuquerque: "Não trememos"

“Nós não trememos, fomos habituados a domar uma natureza adversa. Vamos ter uma vitória nacional e regional nas próximas eleições na Madeira”, respondeu horas depois Miguel Albuquerque, também no palco do Congresso.

“Se o sr. primeiro-ministro pensa que é através das manobras de diversão, através da chantagem política que vai conseguir conquistar o poder na Madeira, está muito enganado”, acredita o presidente do Governo Regional da Madeira.

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