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Música Sacra. “Terras sem Sombra” arranca de mãos dadas com a natureza e o património

16 fev, 2018 - 11:40 • Rosário Silva

A edição 14 do "Terras sem Sombra" começa no sábado, na Vidigueira, com o Coro da Catedral de Szeged e o maestro Sándor Gyüdi. Até julho, o festival passará por Serpa, Odemira, Mértola, Ferreira do Alentejo, Beja, Barrancos, Sines, Santiago do Cacém e Elvas.

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O “Terras sem Sombra”, festival que elege, há 14 edições, o Alentejo como palco central, começa no sábado e, a par de uma programação musical sacra de excelência, aponta a batuta ao património religioso, que se pretende valorizar, e à salvaguarda da biodiversidade.

De regresso a vários concelhos do Alentejo, a nova temporada arranca no sábado para se prolongar até ao mês de julho, num projeto dirigido, pela quarta vez consecutiva, pelo critico cultural Juan Ángel Vela del Campo.

A Hungria é o “país convidado”, mas as participações chegam também, além de Portugal, de Espanha e dos Estados Unidos.

O primeiro concelho a ser visitado é o da Vidigueira, no distrito de Beja, com a igreja matriz de Vila de Frades a receber, amanhã, às 21h30, Vaszy Viktor Kamarakórus - o Coro de Câmara da Catedral e da Ópera Nacional de Szeged (Hungria) - sob a direcção do maestro Sándor Gyüdi.

Além de Vidigueira, também os concelhos de Serpa, Odemira, Mértola, Ferreira do Alentejo, Beja, Barrancos, Sines e Santiago do Cacém se unem ao festival que, este ano, desbrava caminho para o Alto Alentejo, chegando em maio à cidade de Elvas.

Em terras de Património e à sombra da Natureza

“Se a música sacra é o fio condutor deste festival, o Terras sem Sombra propõe uma experiência aberta a todos os sentidos, convidando os espectadores a adentrarem-se no coração do Alentejo”, explica à Renascença, a Pedra Angular - Associação dos Amigos do Património da Diocese de Beja, que, com apoio das autarquias e de alguns serviços descentralizados do Estado, assegura a organização.

Assim, em cada fim-de-semana do evento, os participantes são convidados a integrar um programa, que associa a excelência da musica e dos seus interpretes, à visita a monumentos geralmente inacessíveis ao público, e à participação em ações de salvaguarda da biodiversidade.

Vertentes que, de resto, caracterizam a Vidigueira e, por isso, a tarde de sábado, 17, é dedicada, a partir das 14h30, a conhecer uma propriedade particular, o convento carmelita de Nossa Senhora das Relíquias (Quinta do Carmo), cuja igreja acolheu os restos mortais de Vasco da Gama, em 1539, e onde permaneceram até à sua trasladação para o mosteiro dos Jerónimos, em 1880.

No dia 18, domingo, a partir das 10h00, o convite é para percorrer vinhas centenárias, de onde deriva a uva utilizada no afamado vinho de talha ou “petroleiro” – um vinho medieval feito com tecnologia romana. Iniciativa que vai contar com a colaboração de especialistas e produtores. “Participar na poda e confrontar práticas antigas e modernas, eis o desafio lançado aos voluntários do Festival”, revela, ainda, a organização.

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