15 fev, 2018 - 17:39
O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, vai proibir relações sexuais entre ministros e funcionários do Governo, em resposta a um escândalo que atingiu o vice-primeiro-ministro e líder do partido Barnaby Joyce.
Turnbull anunciou a proibição no final de uma semana parlamentar dominada pela controvérsia sobre o relacionamento de Joyce com uma ex-funcionária, Vikki Campion.
O caso começou a tornar-se público quando o jornal "Sydney Daily Telegraph" publicou uma fotografia de primeira página confirmando o fim do casamento de 24 anos de Joyce e a gravidez da amante Campion. O primeiro-ministro disse esta quinta-feira que o companheiro de Governo cometeu "um erro de julgamento impressionante" e criou muitos problemas para as mulheres que o rodeiam.
E acrescentou que a decisão que tomou é para que Joyce possa refletir e conseguir o perdão da sua ex-esposa e das quatro filhas, "e construir uma nova casa à nova companheira e ao seu bebé".
Turnbull disse ainda que o código de ética ministerial precisava de aludir “claramente sobre os valores de respeito nos locais de trabalho e os valores de integridade que os australianos esperam que tenhamos".
O primeiro-ministro australiano considera que o povo espera que os parlamentares se comportem de forma decorosa. Os ministros precisavam estar "muito conscientes de que seus cônjuges e filhos sacrificam muito, e que lhes é devido respeito e honra”.
E rematou a dizer que, de forma muito clara e inequívoca, que os ministros, independentemente de serem casados ou solteiros, “não devem se relacionar com pessoal".
Entretanto, Barnaby Joyce, segundo os media australianos, está mais decidido a permanecer como líder do Partido Nacional depois do discurso de Malcolm Turnbull.