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Situação normalizada no Estabelecimento Prisional de Lisboa

10 fev, 2018 - 20:25

A confusão ocorreu quando, por alturas da mudança de turno dos guardas, às 16h00, foram encurtadas as visitas de familiares, o que revoltou os reclusos.

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O diretor geral dos Serviços Prisionais afirma que o abandono do posto por vários guardas do Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL) provocou "alguma gritaria" entre os reclusos, mas nega que tenha havido qualquer espécie de motim.

Em declarações à agência Lusa, Celso Manata disse que "houve um conjunto de guardas que às quatro horas da tarde abandonaram o serviço ilegalmente", o que provocou "dificuldade em manter os horários normais" nas visitas, refeições e medicação.

"Houve alguma gritaria, mas não passou disso", disse o responsável pelas prisões em Portugal, referindo que o grupo de intervenção policial dos serviços prisionais foi chamado à prisão, como "faz parte dos procedimentos, mas nem sequer atuou".

Ao início da noite, a situação estava normalizada, garantiu.

"Todo o serviço atrasou", lamentou, e "houve um gradão que caiu porque os presos se encostaram", referiu Celso Manata, garantindo que os guardas que saíram "vão ter um processo disciplinar por causa disso".

Já Jorge Alves, do Sindicato dos Guardas Prisionais, diz que o incidente deste sábado “não se considera um motim, mas uma alteração da ordem”.

Em declarações à Renascença, diz que “foi necessária muita cautela e chamar o Grupo de Intervenção e Segurança Prisional para intervir caso fosse preciso”.

O dirigente sindical reconhece que “felizmente os reclusos perceberam a situação e, mais tarde, cederam ao pedido dos guardas, entraram nas celas e foi fechado o pavilhão, sem danos físicos para ninguém”.

Jorge Alves acrescenta que a falta de guardas prisionais já foi denunciada ao Ministério da Justiça, mas garante que vão voltar a fazê-lo.

No entanto, por volta das 18h00, Jorge Alves tinha admitido à Renascença que a situação chegou a ser considerada "grave".

Foi chamado o Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GISP) depois de alguns prisioneiros se terem revoltado na altura das visitas. A situação ocorreu por volta da mudança de turno dos guardas, às 16h00, o que levou ao encurtamento das visitas de familiares, o que revoltou os reclusos.

[Actualizado às 00h20]

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  • António Rodrigues
    10 fev, 2018 Viseu 23:17
    Tanta coisa já aconteceu, umas graves outras muito graves, desde os incêndios passando por Tancos e agora isto. É caso para nos perguntar-mos a nós próprios, "o que será que vem a seguir?" Esta direita não dorme nem um segundo. Malvados.

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