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Autoeuropa. Abaixo-assinado exige saída da nova comissão de trabalhadores

07 fev, 2018 - 08:18

Grupo liderado por Fernando Gonçalves está a criar crispações dentro da empresa. Secretário-geral da UGT já denunciou, na Renascença, a existência de pessoas que pretendem “causar agitação”.

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Desde a semana passada que está a circular na Autoeuropa um abaixo-assinado a “exigir a destituição da comissão de trabalhadores eleita”. Na origem da iniciativa está a falta de resultados nas negociações sobre os novos horários de trabalho e a produção do novo modelo.

“O motivo da exigência de destituição prende-se com a falta de hombridade da referida comissão de trabalhadores no processo negocial referente à questão que se prende com os novos horários e que opõe os trabalhadores à administração da Autoeuropa”, refere o documento, citado pelo “Diário de Notícias” nesta quarta-feira.

Segundo o jornal, o abaixo-assinado não tinha ainda dado entrada no departamento de recursos humanos até ao fecho da edição.

Assinado por “200 a 300 trabalhadores, bem mais do dobro dos 100 necessários”, segundo fonte sindical, o documento deverá implicar a convocação de um novo plenário para que seja confirmada a retirada de confiança à comissão liderada por Fernando Gonçalves.

Ao jornal, fonte da comissão de trabalhadores diz desconhecer a existência de tal documento, colocado a circular depois de um elemento dessa comissão ter avançado com uma queixa contra um outro funcionário, que agora se arrisca ao despedimento por justa causa.

À Renascença, o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, admitiu na segunda-feira que há pessoas dentro da empresa empenhadas em “causar agitação”.

“Da UGT não são de certeza, pois não temos esse tipo de comportamento. Agora, quando estamos num plenário de trabalhadores e há três ou quatro que inflamam as assembleias, designadamente alguns que pertencem à comissão de trabalhadores, que tomam uma posição à mesa das negociações e depois vêm cá para fora dizer o contrário, não me parece correto”, afirmou.

Nesse mesmo dia houve nova ronda de conversações entre a administração e os trabalhadores sobre o novo horário definido pela empresa, que inclui o trabalho ao sábado, devido à produção do novo modelo T-Roc.

Este ano, a Autoeuropa deverá atingir uma produção de 240.00 automóveis, na sua maioria T-Roc, veículo que o grupo alemão Volkswagen pretende construir apenas na fábrica de automóveis de Palmela e que está a ter muito boa aceitação no mercado.

Ao contrário do que se passa com a generalidade das empresas, na Autoeuropa é a comissão de trabalhadores – e não os sindicatos – que negoceia com a administração. A maneira como as conversações têm decorrido, sem resultados desde há seis meses, não está a agradar à maioria dos funcionários.

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  • de mal a pior
    07 fev, 2018 Setúbal 22:12
    Esta possivelmente será mais uma a levar a mesma volta da Lisnave, Setenave, Siderurgia Nacional, CUF entre outras e o que mais parece incrível é que num país dito democrático partidos comunistas/fascistas participem na vida do país e das empresas, montar um partido Salazarista seria muito menos escandaloso certamente e possivelmente não seria permitido.
  • antónio
    07 fev, 2018 Portugal 11:38
    O pcp e o bloco querem destruir mais uma empresa.
  • DR XICO
    07 fev, 2018 LISBOA 09:46
    O PCP/CGTP, só estava à espera que o anterior lider da CT o Sr Chora se reformasse para eles tomarem o poder a salto e destabilizarem a melhor fabrica de Portugal com os melhores vencimentos e condições para os trabalhadores, mas ao PCP isso ñ interessa O QUANTO PIOR MELHOR é a lei desta gente que manipula mentes fracas e consegue infiltrar os profissionais das greves em todos os sectores. A CGTP hoje é DONA : CP, METRO, TRANSTEJO, SOFLUSA, PROFESSORES, STCP, AUTOEUROPA, ESTIVADORES DE LISBOA ETC ETC

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