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Volta a Portugal não segue F1 e mantém "tradição": haverá meninas no pódio

Volta a Portugal não segue F1 e mantém "tradição": haverá meninas no pódio

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02 fev, 2018 - 17:45 • Ricardo Vieira

Director Joaquim Gomes diz que, para já, não pretende seguir o caminho da Fórmula 1 e da Volta a Espanha e alerta contra os "extremismos".

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É uma “tradição” para manter. As cerimónias do pódio da Volta a Portugal em bicicleta vão continuar a ter beijinhos e meninas no pódio nos próximos tempos, garante o director Joaquim Gomes em declarações à Renascença.

“A Volta vai continuar a ter hospedeiras no pódio e muitas outras provas também”, afirma o antigo ciclista, numa altura em que a Fórmula 1 e a Volta a Espanha decidiram retirar as modelos de cena em nome da igualdade de género.

Joaquim Gomes diz que não tem sentido pressão para acabar com o que diz ser uma “tradição” com muitas décadas. Os patrocinadores estão confortáveis e as meninas do pódio também.

“Quando as próprias hospedeiras são chamadas a opinar sobre o tema e têm a opinião [positiva] que têm, isso dá-nos todo o conforto para que as coisas continuem a decorrer nos moldes em que têm decorrido até aqui”, sublinha.

A Volta a Espanha acabou, no ano passado, com as modelos nas cerimónias do pódio e a Fórmula 1 decidiu agora que na nova temporada não haverá “grid girls”, as famosas meninas bonitas da grelha de partida que ficavam junto aos pilotos nos momentos que antecedem as corridas.

Joaquim Gomes respeita a decisão da Fórmula 1 e da Vuelta e admite, “quem sabe, este é o início de um caminho que nos pode obrigar a dar os nossos próprios passos no futuro”.

Mas para já vai continuar tudo como dantes: “no futuro logo se verá, mas para já não é uma questão que eu entenda como muito sensível para obrigar a uma avaliação profunda. As coisas connosco têm corrido bem”, frisa o director da Volta a Portugal.

O antigo ciclista, que agora passou para o lado da organização, alerta para o “extremismo” com que algumas questões são encaradas nos dias de hoje e diz que não se pode por tudo ao mesmo nível.

“Os polémicos escândalos de assédio sexual nos Estados Unidos já levaram destacadas figuras femininas em França a fazerem acérrimas críticas ao extremismo a que se está a levar esta questão do assédio sexual. Eu tenho a minha opinião sobre isso, mas em relação às cerimónias de pódio da Volta a Portugal, epá, por amor de Deus, não vamos inserir isto nas questões gravíssimas que estão a acontecer nos Estados Unidos e noutros pontos do mundo”, conclui Joaquim Gomes.

O fim das "grid girls" na Fórmula 1. Puritanismo ou igualdade de género?
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Joaquim Gomes respeita a decisão da Fórmula 1 e da Vuelta e admite, “quem sabe, este é o início de um caminho que nos pode obrigar a dar os nossos próprios passos no futuro”.

Mas para já vai continuar tudo como dantes: “no futuro logo se verá, mas para já não é uma questão que eu entenda como muito sensível para obrigar a uma avaliação profunda. As coisas connosco têm corrido bem”, frisa o director da Volta a Portugal.

O antigo ciclista, que agora passou para o lado da organização, alerta para o “extremismo” com que algumas questões são encaradas nos dias de hoje e diz que não se pode por tudo ao mesmo nível.

“Os polémicos escândalos de assédio sexual nos Estados Unidos já levaram destacadas figuras femininas em França a fazerem acérrimas críticas ao extremismo a que se está a levar esta questão do assédio sexual. Eu tenho a minha opinião sobre isso, mas em relação às cerimónias de pódio da Volta a Portugal, epá, por amor de Deus, não vamos inserir isto nas questões gravíssimas que estão a acontecer nos Estados Unidos e noutros pontos do mundo”, conclui Joaquim Gomes.

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