01 fev, 2018 - 15:52
O líder parlamentar do PS considera precipitado dizer que os salários não vão aumentar em 2019, contrariando desta forma declarações recentes do ministro Santos Silva e do porta-voz socialista, João Galamba.
No final da reunião do grupo parlamentar, Carlos César lembrou que é precipitado encerrar o assunto, numa altura em que a negociação ainda não começou: “O que é certo é que em 2019 essa matéria será objecto de decisão oportuna. Não estamos numa altura em que se possa dizer isso, ou o contrário, com todo o grau de certeza. Uma declaração sobre essa matéria pode ser precipitada.”
Questionado sobre se estaria a criticar o ministro dos Negócios Estrangeiros, Carlos César disse que não estava a criticar ninguém. “Se os senhores querem sangue, vão ter de procurar noutra arena”.
A Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) já veio saudar as palavras de Carlos César. José Abraão faz mesmo um apelo à concertação de opinião.
“Há um apelo que faço claramente: entendam-se! Com ponderação, com moderação e reservemos para a negociação do Orçamento do Estado de 2019 e para a negociação com a FESAP e a UGT, a negociação do que possa vir a acontecer aos salários em 2019, porque quero acreditar que seja possível criar as condições para que possa haver aumentos”, afirmou.
Nestas declarações à Renascença José Abraão considera sensatas as afirmações de Carlos César: “parecem-me sensatas, na justa medida em que estamos a iniciar o exercício orçamental de 2018.”
“Num momento em que os serviços públicos estão a pagar tarde e mal o descongelamento das carreiras é muito precipitado, de voluntarismo, estar desde já a anunciar que no ano de 2019 não vai haver aumentos salariais”, conclui.