31 jan, 2018 - 11:00 • Sérgio Costa
O Partido Popular Europeu (PPE) decidiu deixa cair a intenção de debater caso dos bilhetes que envolve o ministro das Finanças, Mário Centeno, no parlamento de Estrasburgo.
A informação foi avançada à Renascença pelo eurodeputado social-democrata Paulo Rangel, no programa Casa Comum, que é emitido depois da Informação das 12h00.
No programa desta quarta-feira, o oponente de Rangel, o socialista Fernando Medina, sustenta que não há qualquer sinal de ilegalidade na isenção fiscal concedida pela autarquia a que preside ao familiar do presidente do Benfica.
O grupo parlamentar do PPE, família política de que fazem parte PSD e CDS, avançou a possibilidade de levar o chamado "caso Centeno" a debate perante a notícia de que o também líder do Eurogrupo está sob suspeita de recebimento indevido de vantagem.
Em causa está o pedido de convites para a bancada presidencial do estádio do Luz, para assistir, em Abril de 2016, ao jogo Benfica-FC Porto, do campeonato da época passada.
Na mesma altura, foi concedida isenção de IMI a um edifício, em Lisboa, propriedade de um filho do presidente do clube, Luís Filipe Vieira, havendo a suspeita de que este poderá ter feito um pedido para acelerar o processo e conseguir a isenção a favor da empresa do seu filho, Tiago.
Por duas vezes, o primeiro-ministro pronunciou-se sobre o caso. A primeira, a 6 de Janeiro, desvalorizando os factos ao afirmar que "não há polémica nenhuma" e que, se Centeno pediu os convites ao Benfica, "certamente tinha boas razões" para isso. Na segunda ocasião, Costa disse que "em circunstância alguma" Mário Centeno sairá do Governo", "mesmo que venha a ser constituído arguido"