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"Um milhão de árvores por município”. Projecto da Quercus arrancou no Marão

30 jan, 2018 - 14:04 • Olímpia Mairos

Câmara de Vila Real foi a primeira a aderir ao projecto.

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Foi em plena serra do Marão, árida e fria, com a neve à vista mesmo no alto, que arrancou o “projecto ambicioso” da associação ambientalista Quercus, que quer plantar um milhão de árvores por município.

O secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Miguel Freitas, o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, e o presidente da Quercus, João Branco, calçaram as luvas, pegaram numa enxada e plantaram carvalhos.

Depois, foi a vez das crianças da escola básica de Vendas de Cima, na Campeã, plantarem “cerejeiras, carvalhos e freixos”, sem esconderem a alegria por participarem numa acção que consideram “muito importante, porque as árvores dão oxigénio, sombra e, com elas, a paisagem fica mais bonita”.

A Câmara de Vila Real foi a primeira a aderir ao desafio lançado pela associação ambientalista Quercus. O presidente da autarquia, Rui Santos, considera que “é possível plantar um milhão de árvores no concelho e até mais”.

O projecto “é bom para o concelho, para o ambiente e para o planeta”, diz o autarca, realçando tratar-se de uma iniciativa “pedagogicamente interessante, para que as nossas crianças possam, também elas, identificar-se com esta área e perceber da sua importância”.

O autarca calcula que o investimento global neste projecto de reflorestação ronde os três milhões de euros, cabendo à câmara o pagamento de 300 mil euros.

“Há um conjunto de candidaturas a fundos comunitários que estão em processo de elaboração, há a necessidade da comparticipação nacional, o envolvimento dos baldios, de privados e, todos em conjunto, temos a obrigação de arborizar toda esta área com espécies autóctones”, sublinha o autarca.

100 concelhos para envolver

A iniciativa arrancou em Vila Real e o objectivo inicial da Quercus é envolver 100 concelhos neste projecto.

O presidente da Quercus, João Branco, assume que “um milhão de árvores por município é um objectivo ambicioso” e que “na floresta temos que ter ambição”.

O ambientalista dá nota que “há muitos concelhos do Centro e Norte do país que têm dezenas de milhares de hectares disponíveis para florestação” e que “só não é efectuada porque não há maneira dos donos dos terrenos e das entidades gestoras dos baldios procederem às candidaturas e de obterem financiamento”.

Para esta plantação serão criados planos e projectos de arborização e só pode aderir “quem quiser fazer as arborizações com as espécies autóctones. Está excluído o eucalipto, bem como outras espécies exóticas”, realça João Branco.

A apadrinhar as primeiras plantações de árvores na serra do Marão esteve o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural. Miguel Freitas, enalteceu a iniciativa da Quercus e assegurou que “o Governo vai acarinhar e vai ajudar a que ela se estenda como uma onda pelo país”.

“É fundamental Portugal ter uma floresta diferente e isso significa ter espécies mais adaptadas àquilo que são as nossas condições, espécies folhosas de crescimento lento que são mais resistentes ao fogo e que se adaptam melhor àquilo que são as alterações climáticas”, concretizou.

Comentários
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  • rosa
    06 fev, 2018 lisboa 17:43
    São excelentes estas acções que a Quercus e a ZERO têm levado a cabo. Estão ambos de parabéns e em especial a ZERO pela capacidade que mostrou ter afirmando-se apenas em 2 anos de forma inequívoca no panorama ambientalista português, sendo já considerada pela imprensa internacional como "Portugal's top environmental association, ZERO" in https://algarvedailynews.com/news/13420-exposed-portugal-s-waste-recycling-figures-have-been-fiddled-for-years
  • Rosa Mistica
    31 jan, 2018 w.w.w.mensajesdelbuenpastorenoc.org/ 13:10
    Mensagem de apelo urgente de Maria Auxiliadora aos líderes e moradores da TERRA 29 /1/ 2017 Meus filhos: a água está a esgotar-se devido aos abusos que estão a causar aos ecossistemas. Estes abusos irão provocar dias de fome e escassez. Em muitas nações os seus habitantes morrerão de fome e sede. Não desperdiceis água, porque as bacias dos rios estão a secar, assim como suas fontes. Os ecossistemas terrestres e aquáticos são os pulmões da terra. A destruição da floresta e a poluição estão a provocar o aquecimento. As calotes polares estão a fundir-se devido ao aumento da temperatura, o que implica graves consequências para a criação. O clima é controlado pela poluição ambiental e pelo aquecimento global. Isso trará a vós fome e seca. O lado destrutivo do homem está a destruir os ecossistemas. Muitas espécies de fauna e flora estão em perigo; a atmosfera está a enfraquecer e vai chegar o momento em que os raios do sol tornarão inabitáveis muitos lugares na terra. Os recursos naturais estão a esgotar-se. Faço um apelo urgente aos habitantes da terra e aos governantes para realizarem planos de reflorestar e poupança de água e energia. Porque se continuarem a poluir e a desmantar, a terra se tornará num deserto. Governantes deste mundo, das vossas ações para com os ecossistemas dependerá a vida no planeta! Como Mãe da humanidade, eu estou a chamar os habitantes da terra para que não destruam mais recursos naturais e para que promulgar leis que favorecem a vida no planeta.

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