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Autoeuropa. Entra em vigor novo horário contestado pelos trabalhadores

29 jan, 2018 - 07:10

A administração garante que vai pagar os sábados com um acréscimo de 100% em relação ao que paga por um dia normal de trabalho.

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Os trabalhadores da Autoeuropa começam, esta segunda-feira, a cumprir o novo horário transitório que prevê a obrigatoriedade do trabalho ao sábado e que foi imposto pela empresa após a rejeição dos acordos negociados previamente com a Comissão de Trabalhadores.

A fábrica de Palmela promete pagar os sábados ao valor normal de um dia de trabalho acrescido de 100%. A este valor pago pelo trabalho ao sábado a empresa admite juntar ainda mais 25%, caso sejam cumpridos os objectivos de produção trimestrais.

Os novos horários prevêem quatro fins de semana completos e mais um período de dois dias consecutivos de folga em cada dois meses para cada trabalhador. O primeiro sábado de trabalho obrigatório na Autoeuropa será no próximo dia 3 de Fevereiro.

No passado mês de Dezembro, após a rejeição de dois pré-acordos negociados previamente com a Comissão de Trabalhadores, mas que foram rejeitados pela maioria dos funcionários, a Autoeuropa anunciou um novo modelo de trabalho de 17 turnos semanais, assegurando que o novo horário cumpria a legislação em vigor e garantia a produção a dois turnos aos sábados.

Apesar das garantias dadas pela empresa de vai pagar os sábados com um acréscimo de 100% em relação ao que paga por um dia normal de trabalho, a Comissão de Trabalhadores e o sindicato mais representativo na empresa, o SITESUL - Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul, alegam que a Autoeuropa pretende pagar os sábados como um dia normal de trabalho e que isso será demonstrado nos recibos de vencimento de Fevereiro.

Esta semana também poderá ser importante no que respeita ao caderno reivindicativo, estando já marcadas para dia 1 de Fevereiro várias reuniões plenárias em que a Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa deverá fazer um ponto de situação das negociações com a administração da empresa, ou comunicar um eventual pré-acordo que possa vir a ser conseguido nos próximos dias.

Para mais tarde, Abril ou Maio, fica a discussão sobre o horário que será implementado na Autoeuropa a partir do mês de Agosto.

A Autoeuropa deverá atingir este ano uma produção de 240.00 automóveis, a grande maioria do novo modelo T-Roc, veículo que o grupo alemão Volkswagen pretende construir apenas na fábrica de automóveis de Palmela e que está a ter muito boa aceitação no mercado.

Comentários
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  • Nem 8 nem 80
    29 jan, 2018 Havana 22:34
    Mais tarde ou mais cedo a Autoeuropa levará o mesmo caminho que levaram a Lisnave, Setenave, CUF, Siderurgia Nacional entre outras e possivelmente na península de Setúbal voltarão a aparecer mais lágrimas e fome, não sei se haverá é empresários corajosos determinados a instalarem por lá as suas empresas, é que de facto a vida do trabalhador não é fácil mas estes estão bem acima da média nacional e os empresários por sua vez a vida também é bastante complicada com toda a concorrência internacional, portanto olhar apenas por um lado e quando esse lado anda a mando de um partido se o qual fosse governo seria uma ditadura fascista tal como qualquer outro por onde existe tal ideologia e aí os sindicatos se existissem seria apenas para dizerem ámen a todas as imposições do governo tal como acontece nesses regimes onde o direito à revolta ou indignação é simplesmente ignorado e interdito.
  • Ligia Pereira
    29 jan, 2018 Almada 7 17:10
    Bom será que os trabalhadores se lembrem da Lisnave e Setenave,onde andam os sindicatos e comissão de trabalhadores? Certamente com um tacho arranjado por o partido político que estão filiados! E os trabalhadores, alguém se lembra deles??? A Auto Europa paga acima da média, que o digam quem lá está à 20 anos ou mais. Os novos são os prejudicados, porque não auferem o vencimento dos antigos, e estão na iminência de ir para o desemprego. Haja paciência para isto. Depois temos as manchetes mais á frente a dizer : trabalhadores da auto Europa no desemprego! Vão ter todo tempo do mundo para a familia,não terão é emprego, mas isso são pormenores...
  • É isto é!
    29 jan, 2018 do rqtp 15:50
    "Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul, alegam que a Autoeuropa pretende pagar os sábados como um dia normal de trabalho e que isso será demonstrado nos recibos de vencimento de Fevereiro." Eles vão pagar como pagam as outras entidades aos seus trabalhadores que trabalham aos fins de semana. São uma cambada de mentirosos. Quanto mais exploração melhor. Mas estou para ver se vão pagar mesmo. E este alberto do funchal Tu não vês direitos dos trabalhadores, o que tu vês são os direitos que os patrões têm de fazerem o que querem, nem que fosse para pagar metade do salário, aliás, como pagam menos em marrocos, logo deviam receber menos aqui. (parvalhão) Até parece que és também da mesma laia, ou então um comodista burro. Se forem para marrocos quem fica a perder é o país, é mais desemprego e mais subsídios para o rendimento minimo. Ou então quem sabe as câmaras contratá-los pelo salário minimo e temporário, já que as empresas neste país é por um canudo. Tu também falas dos func. públicos que estão cheios de benefícios, mas muitos são uns pobrezinhos com salários abaixo dos 1000 euros e ainda estão congelados. Vá à lapa de caniço, fascista de m@rda!
  • Alberto
    29 jan, 2018 FUNCHAL 13:17
    Ainda não perceberam que, se não FECHAREM - e forem para Marrocos- eles acabam por exigir só trabalhar 1 mês por Ano e ter 15 dias de Férias?
  • pois é francisca
    29 jan, 2018 do cemitério 12:01
    cont. O que é preocupante mais neste país é o facto dos salários serem miseráveis, congelados, e aqui não tem privados ou públicos. Os da função pública muitos recebem muito abaixo dos 1000 euros, também têm o seu salário congelado há muitos anos, para um nível de vida que não tem parado de aumentar face a esta moeda unica. Mas lá está depois os funcionários públicos para alguns idiotas estão vivendo como vida de rei, poem todos no mesmo saco. Dizem mundos e fundos até o facto de alguns estarem no quadro que têm emprego para toda a vida. Ora com este tipo de raciocínio é que este país há de ser sempre miserável. O que me mete impressão é ver tanta gente estupida a defender a precariedade e a miséria, em vez de criticar aquilo que está mal e injusto. Confesso que determinadas pessoas que me dão nojo.
  • Pois é Francisca
    29 jan, 2018 do cemitério 11:45
    A verdade é que toda a gente devia ser igual. Mas todos os que trabalham aos sabados e domingos, também foi as condições que aceitaram aos serviços onde estão. Não sei se a Francisca descansa algum domingo, se é rotativo ou sei lá, mas supondo que a Francisca tenha algum domingo de descanso e goste de ir ao cinema, com certeza que encontrará alguém que também está para a servir e está ao trabalho nas condições que aceitou. Todos andam às criticas, mas bom senso é que falta a muitos. A verdade é que há serviços que têm que funcionar mais do que outros aos fins de semana. Se deviam ser melhor recompensados, concordo!? Agora o que não mostra bom senso é alguém que aceitou um trabalho, sabendo que ia trabalhar sábados e domingos, mas depois vir para aqui que toda a gente devia ser igual. Por favor não acha isto ridículo? Depois, não se percebe o seu raciocínio, aceitou as condições todas, mas se tá mal, logo todos os outros deviam estar iguais a si? Ou seja você acomoda-se àquilo que tem, mas quer também ver os outros piores? Esta não tem por onde se pegue. Eu não trabalho na auto europa, mas faz parte da democracia o descontentamento. É porcausa de gente a pensar como você que cada vez os patrões fazem e exploram como querem. Pagam o salário minimo. até se fosse menos e ainda muita gente aceitava, mas depois acomodam-se e em vez de reclamar por direitos, só vêm as vantagens dos outros, se bem que estas vantagens não como muita gente pensa.
  • DR XICO
    29 jan, 2018 LISBOA 09:41
    1º não queriam trabalhar aos sábados porque aos( sábados não se trabalha) eles queriam ir para os centros comerciais com as familias passear já que não se trabalha aos sábados em lado nenhum. Depois prometeram € e até já iam mas queriam creche de borla para os meninos (o estado deu), agora afinal em vez de ser a dobrar tem de ser x3, o cu lavado com água de malvas, senhas para a gasolina a 10 cêntimos /L, e uma farda desenhada pela Fátima Lopes em seda bordada a fios de ouro.
  • Francisca
    29 jan, 2018 Gaia 08:59
    Também trabalho sábados e domingos e ninguém paga mais por isso! Devia de ser obrigatório para todos pagarem a 100% mais o dia normal! Acho bem que trabalhem, para conseguirem entender que não é fácil o trabalho ao fim de semana. Devia de ser igual tanto para o público como para o privado! Muita gente trabalha o fim de semana para pagar na mesma uma miséria! Devia de ser obrigatório o pagamento extra!

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