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Decretada insolvência da ex-Triumph. Trabalhadoras podem aceder a subsídio de desemprego

25 jan, 2018 - 06:42

Apesar deste desfecho, as trabalhadores mantém a expectativa de que a empresa ainda pode vir a laborar no futuro.

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As trabalhadoras da antiga Triumph foram informadas na quarta-feira de que foi decretada a insolvência da empresa, mas que poderão aceder ao subsídio de desemprego e ao fundo de garantia social.

A informação foi comunicada à Comissão de Trabalhadoras pela administradora de insolvência, durante uma reunião realizada ao final da tarde nas instalações da fábrica de Loures.

Em declarações à agência Lusa, Mónica Santos, dirigente do sindicato dos têxteis do Sul, explicou que a fábrica irá ser encerrada ainda esta quarta-feira, "com policiamento 24 horas", que na sexta-feira irá ter inicio um processo de despedimento colectivo das 463 trabalhadoras e que na segunda-feira começará um processo de inventário.

"Neste momento, era o melhor que podia acontecer, porque nós não podíamos andar cada ano nesta situação. Um ano pertencemos a uma empresa e noutro ano a outra. Isto desbloqueou o processo e poderemos passar a receber o subsídio de desemprego e o fundo de garantia social", sublinhou.

Apesar deste desfecho, a sindicalista manifestou-se expectante de que poderá ainda ser encontrada uma solução para que a empresa venha a laborar no futuro.

"Pode depois aparecer 'à posteriori' um investidor, porque nós estamos dispostas a trabalhar. Nós estamos aqui para trabalhar", atestou, acrescentando que as trabalhadoras só irão desmobilizar na quinta-feira.

A fábrica da antiga Triumph, situada na freguesia de Sacavém, concelho de Loures, foi adquirida no início de 2017 pela TGI-Gramax e emprega actualmente 463 trabalhadores.

A fábrica de roupa interior estava em processo de insolvência em tribunal e mantém salários por pagar.

Comentários
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  • Dr Xico Esperto
    29 jan, 2018 Setúbal 09:42
    Que tenha conhecimento,nunca esta fábrica entrou em processo de greve. Mas claro,os trabalhadores são uns malandros e os sindicatos uns oportunistas,mas só alguns ...os comunistas.
  • DR XICO
    25 jan, 2018 LISBOA 15:11
    Bem sabemos que 5/6 anos pode parecer muito tempo, mas os 2500 trabalhadores da Autoeuropa podem tirar esta fotografia das 400 trabalhadoras da Triumph à porta da fábrica que é de certeza o que lhes vai acontecer. Uma multinacional como esta não precisa de Portugal para nada, até porque já recebeu os subsídios do estado e cumpriu, agora sai quando quiser, Marrocos recebe de braços abertos e não tem comunistas ou CGTP a estragar empresas.

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