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Helicópteros e "drones" podem vir a controlar velocidade nas estradas portuguesas

23 jan, 2018 - 13:38

Governo pondera também instalar mais radares e inibir o sinal de telemóvel ao volante.

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O Governo pondera vir a usar helicópteros da Protecção Civil ou "drones" para fazer controlo de velocidade nas estradas, admitindo também instalar mais radares e inibir o sinal de telemóvel ao volante.

O secretário de Estado da Protecção Civil, José Artur Neves, falava aos jornalistas à margem da apresentação de um estudo sobre condutores do Automóvel Clube de Portugal de medidas para contrariar o "preocupante" aumento do número de mortos nas estradas no ano passado, travando uma tendência de cada vez menos sinistralidade grave.

"É uma das soluções seguidas em Espanha e França e há a possibilidade também cá termos esse modelo", declarou, afirmando que há "tecnologias muito evoluídas" e relativamente simples que poderão equipar "os helicópteros que estão ao dispor da Autoridade Nacional de Proteção Civil" para serem usados na fiscalização de velocidade.

Numa avaliação prévia, o Governo está a encará-la como "uma boa solução" para enfrentar o problema da velocidade excessiva que provoca acidentes.

A tutela estuda também "aplicações com as operadoras para diminuir o uso de telemóvel", incluindo "inibições de sinais" com respostas automáticas para chamadas recebidas que indicam que "o condutor está ao volante e não pode atender a chamada".

Assim se pretende evitar "um dos principais fatores de acidentes, as colisões e despistes que resultam, não da estrada, mas do uso do telemóvel.

As soluções mãos livres podem "limitar o uso da mão, mas não resolvem o problema da distracção".

"O alargamento da rede de radares, reduzir o limite de velocidade para 30 quilómetros por hora em alguns locais e a geo-referenciação de locais de acidentes recorrentes" são outras medidas que se admitem para cumprir o Plano Nacional de Segurança Rodoviária e voltar a reduzir os números da sinistralidade.

Segundo números provisórios da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, em 2017 morreram 509 pessoas nas estradas portuguesas, mais 64 do que em 2016, e os feridos graves aumentaram de 2102 para 2181.

José Artur Neves salientou o facto de 54% das mortes terem ocorrido dentro de localidades.

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  • Dali
    04 fev, 2018 Lisboa 12:11
    Há dornes para estradas e se os aplicassem na vigilância das flofresta e cidades onde os incêndios são mais frequentes ou previsíveis?
  • Jose
    24 jan, 2018 Tondela 17:50
    O governo procura facturar mais com as multas . Não vai ser a solução para o problema mas encobrir Com estradas em más condições ,estreitas , curvas apertadas , mal construídas. Etc mal sinalizadas etc etc sem visibilidade etc ........ muita coisa a dizer mas a culpa de qualquer acidente é do condutor sempre do condutor . Por isso não se investe numa requalificação rodoviária mas procura se um culpado mais fraco ...... o povo português Porque o governo e governantes são excepção . São uma raridade terem acidentes ou andaren um pouco depressa de mais , isso é só o povo . Governo que aponta o dedo , cobra , mas nada faz para servir o povo
  • J.P.
    24 jan, 2018 Lx 16:30
    O povo tuga é demasiado histerico e influenciavel, ou tudo ou nada. Neste caso presenciamos nada mais nada menos que uma pura caça a multa mais os drones que podem violar o nosso direio a privacidade. Se permitimos isto neste ano imaginem o que nao ser a daqui a 10 anos com drones a espiar a vossa porta.
  • Martins
    24 jan, 2018 LX 09:47
    No meio dessas medidas todas será que se arranjam uns euros para reparar a iluminação do IC22 e da zona circundante onde passam milhares de veículos todos os dias? É que está há anos praticamente às escuras... E já agora antes dos milhões dos radares, helis e drones, também dava jeito que olhassem para os pontos negros de algumas vias e corrigissem os mesmos...
  • Antônio FM
    23 jan, 2018 Viseu 22:51
    O princípio está correcto. Subindo a penalidade diminui a infracção. Mas não do modo ridículo como o querem fazer. O governador está a espera de quê para agravar as penas dos incendiarios? Como tudo seria diferente se tivéssemos um verdadeira democracia em que cada cidadão tivesse o direito de se candidatar à AR mediante um determinado n de de assinaturas(apoiantes) Era chato acabava-se o negócio milionário dos partidos comandados pelo capita!
  • Bruno Silva
    23 jan, 2018 Almada 20:56
    Epá não venham com tangas, só tem um intuito.. Ganhar dinheiro! Ainda vem a dizer"... A e tal, é para prevenir acidentes!!) só fazem rir! Obviamente é unicamente para encher os cofres, milhares de euros que ganham por dia, e nem uma prevenção eu vejo na comunicação social ou placares ou... Sei lá! (não sou um inútil engenheiro) sou da classe trabalhadora que é perspicaz com estes devaneios financeiros anti sociais.
  • Mario cardoso
    23 jan, 2018 Porto 20:13
    Isso só vai beneficiar os privados,tipo empresas de helicópteros de combate a incêndios.sou a favor da proximidade das forças policiais,até porque fazem kms de estrada de viagem e não se via prevenção nenhuma.apenas caça a multas.As forças de segurança não têm viaturas suficientes e querem por helicópteros.somos pequenos e basta
  • Vitor Melo
    23 jan, 2018 Porto 18:54
    Estúpidos. É o alcool k mata.controlem o dito k diminuem acidentes.mas o lobby do vinho é mto forye né?
  • NÃO PAGAMOS
    23 jan, 2018 Lx 17:12
    Um conselho avisado: se tiverem multas não paguem logo, tiram a carta de condução mas dão uma de substituição de seis em seis meses e depois contestem que aquilo prescreve tudo. Quando o Estado quer mamar à tripa forra não lhe podemos fazer a vontade. Contestem e mesmo que paguem a um advogado sai sempre mais barato e não ficam com cadastro. Assim tenho feito e, até hoje, estou sem multas....Podem por os drones ou os F 16 que é tudo igual....Não dou um tostão a estes xulos em multas. Prefiro ir jantar fora com o dinheiro que poupo mesma pagando a um advogado.
  • Francisco Pereira
    23 jan, 2018 Vilar de Andorinho 17:03
    Há muitas situações que nos deixam apreensivos. Nas AE, onde se pode andar até 125Km/H, pagamos portagens. E quando a sinalização nos obriga a andar a 100 ou até só a 80Km/H, continuamos a pagar portagem. E quando há reparações, com desvio de faixa, continuamos a pagar portagem e, se tivermos urgência na viagem, ninguém se preocupa. Quando se diz que tudo o que é determinado, é para protecção do condutor. Não brinquem ! Há rotundas com duas entradas e apenas duas faixas na rotunda. O condutor que segue a legislação, anda na faixa da direita e, ao entrar na rotunda, é obrigado pelos que vão na faixa da esquerda, a circular na faixa á direita e, se não sair na primeira tem a polícia á espera para o autuar. Isto e muito mais haveria para falar mas, no fundo, a legislação é criada para caça á multa. Quando pensarem que alguém que circule numa AE a 100km/h num carro com 30 anos e outro com um carro novo topo de gama que segue a 200Km/H, serei capaz de pensar que o velho vai em excesso de velocidade porque não consegue segurar o carro numa emergência. Alguém pensou nisto ? Não creio, até porque o importante são as multas. Se um dia alguém pensar em pedir opiniões sobre legislação, nem sequer imaginam as respostas que irão obter.

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