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Adopção. Metade das crianças fica nas instituições

23 jan, 2018 - 08:49

Lei da adopção não trouxe melhorias. Cerca de oito mil estão institucionalizados.

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Mais de metade das adopções não foram concretizadas. A Lei da Adopção tem dois anos e alguns prazos foram encurtados, mas os números não registam grandes diferenças.

Escreve o “Jornal de Notícias” em 2016, das 830 que tinham como projecto a adopção - entre as 8.175 que estavam institucionalizadas -, apenas 361 foram entregues a famílias.

A maioria tem mais de seis anos e não consegue candidatos a pais. Cerca de oito mil estão institucionalizados.

Luís Villas-Boas, director do Refúgio Aboim Ascensão, sublinha ao jornal que todo o “acolhimento deveria ser mesmo temporário, com o objectivo de, o mais rapidamente possível, entregar as crianças às famílias ou a famílias adoptivas”. O que “não devem é ficar eternamente nas instituições”.

Apesar da nova lei, os números revelam que de 2015 para 2106 diminuíram os projectos de vida para adopção.

Em 2016, dados oficiais, davam conta que de 399 menores que ninguém queria, apesar de haver quase duas mil pessoas na lista de espera.

Comentários
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  • Bela
    23 jan, 2018 c 19:02
    Há muitos anos um casal amigo, um deles infértil, procuraram adoptar. Correram seca em meca para o fazer e e até estavam dispostos a aceitar em de uma criança duas. Colocaram-lhes tantos entraves que desistiram de o fazer em Portugal e foram ao estrangeiro, onde em meia dúzia de meses lhes resolveram o problema.
  • V
    23 jan, 2018 16:06
    Sou candidata há 7 anos. Eu e milhares de famílias continuamos a engrossar as longas e (infindáveis) listas de espera para adoção. E se questionámos as senhoras assistentes da Seg. Social, ai Jesus! Que temos de esperar! É a vida! Dizem-nos. Uma vergonha
  • Anabela Henriques Antonio
    23 jan, 2018 Agualva Cacém 14:04
    Acho muita bem! Sou uma candidata que já estou a espera de uma criança á 7 anos á certas coisas que não conseguimos compreender! Tantas crianças a precisar de uma família, carinho, amor! Não é justo!
  • José
    23 jan, 2018 Lisboa 10:42
    Infelizmente é muito conveniente que estas alterações não sejam implementadas pois isso implicava as crianças ficarem menos tempo nas instituições e com isso quem as gere receberia menos dinheiro. Infelizmente não é mais do que um negócio às custas da vida destas crianças. O superior interesse da criança não é mais do que o superior interesse material das instituições que os acolhem. Este senhor que diariamente lida com estas crianças deveria ter igualmente uma mentalidade menos retrograda pois quando abriram a possibilidade de adoção por casais do mesmo sexo foi dos primeiros a vir dizer que era contra. Se deixasse de se orientar por crenças e preconceitos sem sentido veria que uma criança estaria melhor sendo amada por uma familia constituida por um casal do mesmo sexo do que estando institucionalizada e vista como um ativo que gera um rendimento todos os finais de mês para quem o acolhe. E antes que venham atacar este meu comentário digo ja que sei do que estou a falar pois sou um candidato a adotante ha muito a espera, muito para além doa prazos que estas alterações vinham introduzir.
  • maria alves
    23 jan, 2018 Lisboa 10:23
    Aprendam com o Brasil ,sim com este país e com a óptima organização italiana das crianças refugiadas da Síria das quais oito já estão adotaptas em Portugal , Verdade !!!!
  • AP
    23 jan, 2018 Portugal 10:16
    como candidato digo que deveriam aprofundar e explicar as razões da maioria delas continuar nas instituições e a adopção não avançar. assim passam a ideia de que o sistema não funciona porque "é a função publica no seu melhor"
  • Realista
    23 jan, 2018 Portugal 09:47
    Há que perceber também que muitas instituições não facilitam a adopção de forma a manter a verba dada pelo estado sobre a criança em questão. Não faltam por ai historias de casais que tentam adoptar e só quando já praticamente desistiram é que as instituições lá vergam o seu desejo e deixam a criança ser adoptada.
  • Maria
    23 jan, 2018 Porto 09:45
    A adopção em Portugal é um negócio. São as próprias instituições que não deixam sair as crianças. E escrevo isto com conhecimento de causa, pois já tentei adoptar uma criança. Este discurso é muito lindo, mas se deixam sair todas as crianças, psicólogas e assistentes sociais ficam sem emprego. E recebem menos apoios do Estado.

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