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O que vai mudar no Facebook? Falámos com quem já experimentou

22 jan, 2018 - 19:34

“O Facebook quando muda o algoritmo tem a capacidade de pôr à frente dos teus olhos aquilo que quer, às vezes, até de formas muito perigosas para a nossa vida, politicamente falando”, afirma Rui Lourenço.

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Rui Lourenço explica mudanças no Facebook

Rui Lourenço é um "beta tester", um dos utilizadores escolhidos para testar o novo algoritmo do Facebook. O especialista em redes sociais e comunicação digital explicou, em conversa com Ana Galvão nas tardes da Renascença, o que vai mudar no Facebook com o novo algoritmo que vai privilegiar conteúdos partilhados por amigos em detrimento das mensagens de empresas ou órgãos de comunicação social.

O responsável pelas redes sociais de figuras públicas como o futebolista Ricardo Quaresma explica que o Facebook está, de certa forma, a “voltar um bocadinho à essência”.

“O Facebook foi feito para conhecer meninas e tornou-se num monstro mundial. Basicamente, o que eles estão a fazer é mudar o algoritmo para que nós vejamos mais os 'posts' uns dos outros, aquilo que nós temos para dizer do que das empresas”, sublinha.

Rui Lourenço afirma que “o Facebook quando muda o algoritmo tem a capacidade de pôr à frente dos teus olhos aquilo que quer, às vezes, até de formas muito perigosas para a nossa vida, politicamente falando”.

“Somos levados um bocadinho na ilusão. Por exemplo, um defensor da causa animal, muitas vezes, é levado a pensar que todo o mundo que está no teu Facebook e as pessoas com quem te relacionas está pela causa animal. Mesmo que algum dos teus amigos faça um 'post' a dizer que prefere comer um bife, provavelmente, tu não verás, porque o Facebook tenta criar uma bolha à tua volta. E isso também acontece na política”, sublinha.

A mudança anunciada por Mark Zuckerberg começou a ser testada em alguns países e está a “assustar”, nomeadamente, os média que dependem cada vez mais da visibilidade que têm nas redes sociais.

Rui Lourenço diz que as empresas podem estar descansadas, porque o Facebook vai sempre continuar a precisar de publicidade para viver.

Para combater as notícias falsas, a maior rede social do mundo também vai pedir aos utilizadores para classificar se os média são credíveis ou não, refere o especialista.

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  • ze
    23 jan, 2018 Carnaxide 10:53
    O Facekook tem os dias contados! Os garotos de hoje não querem isso...!
  • Danilo
    23 jan, 2018 Ouro Preto -MG - Brasil 01:01
    Estou ansioso por essas mudanças, espero que realmente acabe com as "bolhas", sem as bolhas podemos enxergar melhor a "realidade" online e consequentemente a realidade offline, conhecer de facto quem nos cerca. Eu já ouvi falar antes na bolha que Facebook, YouTube e Twitter nos coloca, então sempre que possível visito grupos e perfis políticos contrários aos meus, se eu não fizesse isso, teria a impressão que só tenho amigos monarquistas, por exemplo.

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