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Justiça espanhola pede à Dinamarca detenção do ex-presidente da Catalunha

22 jan, 2018 - 08:29

Carles Puigdemont vai participar num debate na Universidade de Copenhaga.

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As autoridades judiciais espanholas pediram à Dinamarca para activar a ordem de detenção europeia contra o ex-presidente da Generalitat, Carles Puigdemont, que chegou esta segunda-feira à Dinamarca para participar numa conferência.

De acordo com fontes da Fiscalia Geral do Estado, contactadas pela agência de notícias EFE, o pedido de detenção foi formalizado por Pablo Llarena, juiz do Tribunal Supremo e aplica-se apenas à Dinamarca.

Puigdemont, que se encontra em Bruxelas desde o final de 2017, viajou para a Dinamarca num voo da companhia Ryanair que aterrou em Copenhaga às 8h20 (7h20 em Lisboa), para participar num debate na Universidade de Copenhaga.

O ex-governante está refugiado na capital belga desde que o processo que liderou para criar uma República independente da Espanha foi ilegalizado por Madrid que activou o artigo 155.º da Constituição espanhola para intervir na Catalunha.

Nas eleições regionais realizadas em 21 de Dezembro último, o conjunto dos partidos independentistas voltaram a ter uma maioria dos deputados da assembleia, 70 em 135, apesar de o partido mais votado ter sido o Cidadãos (direita liberal).

Líder do partido separatista mais votado, Puigdemont quer ser investido como presidente da Generalitat a partir de Bruxelas, mas cada vez há mais dúvidas sobre se isso será possível.

[notícia actualizada às 9h20]

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  • CAMINHANTE
    22 jan, 2018 LISBOA 10:57
    Para além das interpretações que se possa legitimamente ter sobre a questão Catalã ( questão bem mais antiga do que muitos ignoram, esquecem-se ou querem fazer-se esquecidos), a realidade factual é uma : o "independentismo " é uma opção politica, ideológica, de liberdade de pensamento, indissociável da Democracia e fazendo parte do direito de auto-determinação dos povos ( os Catalães são mesmo um povo distinto, como outros que constituem o Estado Espanhol) , reconhecido pela Carta das Nações Unidas, aplicado à décadas em vários contextos, como as independências dos antigos territórios Ultramarinos. Assim sendo, mesmo que a Lei Fundamental Espanhola o não reconheça, prender "Independentistas" é ter presos políticos em quem se pretende Democrático e é constatação que a Lei Fundamental é Anti - democrática. Não há qualquer argumentação válida para negar o evidente. Agora, analisando com a mesma liberdade de pensamento, tudo indica que seria mais benéfico, construtivo, equilibrado, estabilizador, manter a Unidade Espanhola, ainda que com ampla autonomia Catalã. A Europa anda a fingir que não vê o evidente, em nome desta opção.

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