20 jan, 2018 - 20:06
O Presidente da República lamenta que "consensos substanciais" sobre a modernização do Estado sejam um "sonho adiado", afirmando que esse objectivo, "pela situação vivida em Portugal neste momento", é apenas "uma proclamação piedosa".
"Fugir a juridicismos formalistas e a modelos de macro reforma nunca concretizável é tão vital como evitar os casuísmos sem visão sistémica, mas importa sobretudo avançar por passos consecutivos, sistemáticos, programados, conjugados e seguros, coerentes com uma visão global. Isso exige escolhas de fundo que nenhuma tecnocracia pode iludir. Infelizmente, consensos substanciais em Portugal nesta matéria, nestes dias, são um sonho adiado, e é pena que o seja", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.
Falando no encerramento do Congresso "Portugal no Futuro", da Plataforma para o Crescimento Sustentável, de Jorge Moreira da Silva, o Chefe de Estado defendeu que "a modernização do Estado fica a perpassar como um dado óbvio para uma boa consciência individual e colectiva, mas, pela situação vivida em Portugal neste momento, não passa de uma proclamação piedosa".