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Tripulantes da TAP marcam greve para as férias de Carnaval

19 jan, 2018 - 16:41

Os sindicatos também marcaram paralisações parciais para Março [em actualização].

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Os tripulantes da TAP convocaram uma greve para os dias 9, 10 11 de Fevereiro.

Os sindicatos também marcaram paralisações parciais para Março, por estarem esgotadas "todas as possibilidades" para um consenso com o Governo e com a companhia.

Segundo uma moção aprovada esta sexta-feira em assembleia-geral do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), a que a agência Lusa teve acesso, os protestos levam ainda em conta "os constantes atropelos ao AE [Acordo de Empresa] e a degradação das condições de trabalho dos tripulantes de cabine".

Na reunião magna extraordinária ficou decidido que a direção do SNPVAC apresente de "imediato um pré-aviso de greve para os dias 9,10 e 11 de Fevereiro de 2018", altura de Carnaval.

A direcção vai ainda "apresentar mensalmente um pré-aviso de greve até três dias, caso a TAP Air Portugal continue a manter a mesma postura intransigente e de má-fé", referem.

Foram ainda aprovadas paralisações a iniciar no dia 28 de Março. Uma diz respeito a "todos os serviços de voo a realizar nos equipamentos A330-300 até ao integral cumprimento do "Protocolo operação equipamentos A330-300", que se relaciona com condições e horários de trabalho.

Outra paralisação será em "voos de médio curso, sempre que a hora de despertar (hora local) ou a apresentação, fora da base, se incluir no período crítico do ritmo circadiano (ciclo metabólico diário), e o tripulante efetuar um tempo máximo de período de serviço de voo superior a seis horas".

A terceira greve, a partir de 28 de Março, diz respeito a "serviços de voo de longo curso, operados em equipamento NB e nos voos de médio curso equivalentes ('Block time' igual ou superior a 3h30 em qualquer dos percursos) em regime de ida e volta e que incluam no todo ou em parte o período crítico circadiano (2h00 - 6h00), que sejam planeados para além do 4.º dia de utilização após o último período de folga".

Na moção lê-se que na base dos protestos está o "tratamento discriminatório que o Governo impõe aos tripulantes de cabine" da TAP, por desrespeito do compromisso de não denúncia do acordo de empresa e porque a companhia aérea nacional "perpetua uma postura de má-fé ao continuar a incumprir o "protocolo operação equipamentos", que diz respeito a condições de trabalho.

A TAP é ainda alvo de críticas porque "não cumpre a lei relativamente aos direitos da parentalidade", "não reconhece os acidentes de trabalho que afetam os tripulantes de cabine" e por a gestão executiva "fazer valer as suas intenções de destruir os direitos e garantias existentes".

A assembleia-geral repudiou ainda as afirmações do ainda presidente executivo da empresa, Fernando Pinto, sobre o AE ser "abusivo e desajustado face à realidade" e recordou que a TAP propôs "um insultuoso 1% de aumento" salarial.

"Qualquer tripulante que seja hoje contratado para a TAP aufere apenas mais 13 euros do que o salário mínimo nacional estipulado para 2018", lê-se na moção.

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