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Autoeuropa. Não será pelas empresas do parque industrial que não haverá acordo

18 jan, 2018 - 23:51

A garantia foi dada à Renascença pelo coordenador das comissões de trabalhadores do parque industrial da Autoeuropa.

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Não será pelas empresas fornecedoras da Autoeuropa que a fábrica da Volkswagen em Palmela não cumprirá a produção de 240 mil veículos este ano. Essa é uma garantia dada à Renascença pelo coordenador das comissões de trabalhadores do parque industrial da Autoeuropa.

Depois da reunião desta quinta-feira, Daniel Bernardino revelou que um terço das empresas já conseguiu um acordo para a compensação do trabalho ao sábado e as outras estão em negociações para o conseguir. O problema mais delicado é mesmo na própria Autoeuropa. Ainda assim, Daniel Bernardino mostra-se optimista.

“Há empresas que conseguiram já consensos e com uma situação confortável para começar a trabalhar ao sábado. Há outras que ainda não, mas estão também a negociar e não nos parece que vá existir uma divergência tal como temos na Autoeuropa. Estamos optimistas. Não será o parque industrial a comprometer a produção da Autoeuropa com os horários ao sábado”, disse.

Daniel Bernardino referiu ainda que há exemplos de bons acordos que foram conseguidos.

“Uma das empresas tem o melhor acordo de todas. Há trabalhadores da Autoeuropa a perguntarem “porque não temos um acordo como este?” 93% dos trabalhadores votaram a favor”, acrescentou.

A empresa é a AutoVision, uma das fornecedoras de componentes para o novo modelo T-Roc.

Os próximos dias vão ser decisivos para a paz social na fábrica de Palmela. Comissão de trabalhadores e Administração têm diversas reuniões marcadas mas para discutir o caderno reivindicativo.

A comissão de trabalhadores apresentou uma proposta de aumentos salariais de 6,5% com 50 euros de mínimo e o aumento do tempo das pausas, que actualmente é de 7 minutos.

A questão das alterações aos horários, nomeadamente o trabalho ao sábado não se coloca.

A empresa decidiu que o novo horário entra em vigor dia 3 de Fevereiro e mantém-se, pelo menos, até Agosto, apesar dos protestos dos trabalhadores.

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