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Guterres. Ameaça nuclear “está a ganhar força"

18 jan, 2018 - 18:38

Para o secretário-geral das Nações Unidas, é necessário "repensar" e "modernizar" as prioridades do desarmamento e da não proliferação de armas de destruição em massa.

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O secretário-geral da ONU, António Guterres, avisa que a ameaça das armas de destruição em massa está a ganhar força, apelando a um novo impulso das políticas internacionais de não proliferação.

"A ameaça que representam as armas de destruição em massa persiste e, de facto, parece que está a ganhar força", declarou Guterres, na abertura de uma sessão especial do Conselho de Segurança das Nações Unidos sobre a não proliferação deste tipo de armamento.

"Os medos globais relacionados com as armas nucleares estão no nível mais alto desde a Guerra Fria", prosseguiu.

O ex-primeiro-ministro português assinalou a situação na península coreana como a mais "tensa e perigosa" dos tempos actuais e advertiu que um eventual conflito armado teria "consequências inimagináveis".

Também chamou a atenção sobre a perda de confiança observada entre os Estados Unidos e a Rússia e como tal situação representa uma ameaça para o desarmamento nuclear, para o acordo nuclear com o Irão e para o uso de armas químicas na Síria.

Em termos gerais, António Guterres lamentou o retrocesso verificado nos últimos anos ao nível da não proliferação.

"A confiança pode ser minada por retóricas belicistas, abordagens de confronto, ausência de canais de comunicação e posições inflexíveis", afirmou.

Para o secretário-geral das Nações Unidas, é necessário "repensar" e "modernizar" as prioridades do desarmamento e da não proliferação de armas de destruição em massa.

E garantiu que pretende "explorar oportunidades" para dar um novo impulso ao trabalho desenvolvido nesta área.

Guterres, que assumiu a liderança da ONU em Janeiro de 2017, foi responsável pela abertura desta sessão de alto nível do Conselho de Segurança, que foi presidida pelo Presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev.

O Cazaquistão, que este mês dirige os trabalhos do Conselho e que conta com uma ampla experiência ao nível do desarmamento nuclear, identificou esta questão como a sua principal prioridade na ONU.

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  • Vera
    20 jan, 2018 Palmela 11:36
    Este tema, pelo facto de « "repensar" e "modernizar" as prioridades do desarmamento » fez-me lembrar, que quando eu tinha uns dez anos de idade, na altura do Carnaval foram inventadas umas pistolas, que deitavam água e eu chegava a casa toda encharcada, a pontos de ter que mudar de roupa, o que era uma chatice! então um dia vi uma bisnaga em forma de espingarda e nem pensei mais um minuto! entrei na loja, pedi para porem água dentro, fui à porta da loja e verifiquei que aquela é que era uma grande ideia! comprei-a! ninguém mais se atreveu a apontar-me as pistolas de água, porque eram precisos três ou quatro, para me molharem toda! e a espingarda de água, valia por cinco. É engraçado como é que me fui lembrar disto, ao fim de tantos anos! só por se falar em armas e do facto de "repensar" e "modernizar"!!! E se os homens em vez de fogo, usassem água! atingiam-se e não morriam; a não ser, que inventassem auto-tanques voadores... Num 'jogo sem fronteiras', creio que não há muito para pensar! ou será, que há?

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