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PEV, PAN e BE querem monitorizar e diminuir atropelamento de animais selvagens

17 jan, 2018 - 13:32

A iniciativa é explicada pelo número elevado de animais selvagens atropelados nas estradas, incluindo espécies ameaçadas, como é o caso do lobo ibérico ou do lince ibérico,para além micromamíferos, aves, répteis e batráquios.

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O Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV), o PAN e o Bloco de Esquerda querem que o Governo estude, elabore e aplique um programa nacional de monitorização e minimização dos atropelamentos de animais selvagens nas estradas nacionais.

Os três partidos vão apresentar, na sexta-feira, no parlamento, projectos de resolução nos quais recomendam ao Governo que proceda a um estudo sobre o número de atropelamentos de animais, o seu impacto e catalogação e a constituição de um grupo multidisciplinar para definir prioridades, abordagens e metodologias.

Em declarações à agência Lusa, Victor Cavaco, da comissão nacional do PEV, explicou que Os Verdes decidiram avançar com esta iniciativa legislativa devido ao elevado número de animais selvagens atropelados nas estradas, incluindo espécies ameaçadas, como é o caso do lobo ibérico ou do lince ibérico, mas também de micromamíferos, aves, répteis e batráquios

“É preocupante numa altura em que a biodiversidade não só em Portugal, mas no planeta está em declínio. É preciso perceber que medidas devem ser tomadas com alguma urgência para reduzir esta mortandade”, disse.

Por isso, defende Victor Cavaco, e porque existem poucos dados sobre estes atropelamentos a nível nacional, o PEV recomenda ao Governo, que através dos organismos responsáveis pela conservação da natureza e da biodiversidade, da gestão das vias rodoviárias e as organizações não-governamentais do ambiente, seja feito um estudo, um levantamento das estradas onde se registam mais casos.

“Depois deve ser então elaborado e implementado um programa nacional de monitorização e minimização dos atropelamentos de espécies da fauna selvagem nas vias rodoviárias. O programa deve identificar os troços a nível nacional onde se registam mais atropelamentos”, salientou.

Para Victor Cavaco, deve também ser feito um inventário das espécies e dos grupos populacionais mais afectados, bem como a apresentação de medidas de correcção e minimização dos impactes das vias rodoviárias nos atropelamentos.

“Estamos a falar de sistemas de redução de velocidade, de passagens aéreas ou subterrâneas nas vias, alterações do traçado, sistemas de dispersão luminosos e sonoros. Há uma grande gama de sistemas e experiências que podem contribuir para reduzir o flagelo”, sublinhou.

O PEV considera também que devem ser garantidos os meios humanos (com o aumento do número de vigilantes e guardas florestais), técnicos e financeiros para cumprir os objectivos traçados.

À semelhança do PEV, também o PAN (pessoas-Animais-Natureza) defende a realização urgente de um estudo prévio a nível nacional, para se perceber a realidade destes acidentes em Portugal.

“Nós gostaríamos que fossem logo implementadas medidas, mas não há estudos em Portugal. Houve um da Quercus em 2014, mas foi apenas uma amostra. Por isso, é preciso fazer um estudo a nível nacional para perceber qual é a nossa realidade, o impacto nos ecossistemas, os animais mais afectados e só, depois deste estudo, criar um plano de prevenção de norte a sul do país”, disse à Lusa Cristina Rodrigues, da Comissão política Nacional do PAN e articulados.

Por sua vez, o Bloco de Esquerda destaca a importância da implementação de um programa e de medidas, lembrando que o atropelamento de animais é um risco para a protecção das espécies e de ecossistemas, mas também para a integridade física dos utilizadores das vias.

“O que nós entendemos é que a questão do atropelamento e mortes dos animais deve ser encarado como um risco para a proteção das espécies e dos ecossistemas, mas também para a integridade física dos que usam a estradas. Tentamos juntar essas duas vertentes neste mesmo projecto”, disse à Lusa a deputada Maria Manuel Rola.

Nesse sentido, a deputada do Bloco de Esquerda salienta que no grupo de trabalho a criar deve estar também incluída a participação da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

“A ANSR é aquela entidade que acaba por ter os dados todos mais integrados relativamente aos acidentes rodoviários. Entendemos também que o projecto deve abranger não só as áreas protegidas e de zonas de protecção especial, mas para todas as vias com tráfego automóvel”, disse.

O PEV, o PAN e o Bloco de Esquerda defendem que o programa e os estudos devem ser uma parceria entre várias entidades: o Estado, O Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), das organizações não-governamentais do ambiente, Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) – GNR, instituições gestoras das vias rodoviárias e universidades.

O PEV defende que as medidas devem ser avaliadas de três em três anos.

Comentários
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  • Telmo
    18 jan, 2018 coimbra 08:12
    E esta exclusividade implicaria quintuplicar os vencimentos.?Tudo é intencional.Seria uma prisão e perda de liberdade cirando uma casta politica medíocre .indiferenciada com cultura duvidosa e capacidadesdes cognitivas duvidosas. Proponho q Ninguém deveria poder exercer funções das mais nobres,deputados.membros do governo ,autarquias,juntas sem serem avaliados em testes rigorosos do foro psicológico com avaliação do QI,carater e personalidade .Os sociopatas e psicopatas e imbecis,seriam proibidos de exrecer cargos públicos A insanidade seria banida na casta,Será que os nossos políticos serão os melhores entre os melhores ?Espero que sim.
  • Aolongevê-semelhor
    17 jan, 2018 Aolongevê-semelhor 15:53
    O governo não consegue que o limite de 50 km/h nas localidades seja cumprido mas quer agora impôr limite de 30 km/h. Habilidades do ministro Cabrita que não sabe o que quer e põe a GNR e PSP a caçar o dinheiro aos condutores.
  • DR XICO
    17 jan, 2018 LISBOA 15:53
    Ora ai está uma ideia boa, eu tou com o bloco de esterco e o pum de passar a velocidade para 30km nas auto estradas e 22km/h.
  • sherek
    17 jan, 2018 santarem 15:39
    bom eu fiz aqui um como já tenho feito outras vezes, desta vês foi propositado para ver se é publicado ou se é como os outros que nunca são publicados eu sei que sempre cumpriram com as condições impostas, como por vezes as verdades doem então não se publicam.
  • sherek
    17 jan, 2018 santarem 15:35
    e pá ia de carro a 90 km hora tive que fazer uma travagem de emergência porque ia um sapo a atravessara estrada já viram se atropelasse o dito, agora vão surgir nas estradas sinais de transito cuidado com os sapos, gatos, lobos, pássaros, etc, será que esta gente perdeu de vês o único neurónio que tinham, chiça que é demais!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
  • ze
    17 jan, 2018 lourinha 15:03
    Queres ver que de lsiboa ao Porto vamos levar três dias de carro.Limite de 30 KM nas estrdas todas e problema resolvido.A modernidade não se compadece com a vida da idade das trevas ou média isto são nao assuntos.A Auto.europa a ser expulsa não revela preocupações nenhumas ,talvez sirva para implantar mais uma reserva de qualquer espécie. rara ou desprotegida o cidadão comum q se lixe.O financiamento partidos éfixe e não mata espécies ,diminui só as receitas do estado.Venham mais adicionais e problema resolvido.Lixar o zé e salvar animais é sublime.
  • AUSTERIDADE ESQUERDA
    17 jan, 2018 Lx 14:26
    Pois não existem assuntos mais importantes no país para tratar...Lamentável esta agenda desta tralha das esquerdas unidas...pensei primeiro nas pessoas e depois nos animais seus animais...
  • Alberto
    17 jan, 2018 FUNCHAL 13:57
    Tiveram algum "problema" dentro de cada Partido?

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