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Teodora alinha com Governo. Défice de 2017 será inferior a 1,4%

16 jan, 2018 - 12:14

Costa disse esperar que o défice orçamental do ano passado ronde os 1,2% do PIB. Conselho de Finanças Públicas acredita que o défice será inferior a 1,4%.

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O Conselho de Finanças Públicas (CFP) acredita que o défice orçamental de 2017 será inferior a 1,4% do PIB, devido ao aumento da receita com impostos e à menor despesa com juros, alinhando com as previsões do Governo.

No relatório "Evolução orçamental até ao final do terceiro trimestre de 2017", divulgado esta terça-feira, o CFP tem em consideração os resultados dos primeiros nove meses do ano (divulgados pelo INE) e a informação já conhecida sobre o último trimestre e antecipa "um défice interior a 1,4% do PIB no conjunto de 2017".

Para o Governo, é já ponto assente que o défice orçamental do ano passado será inferior à meta que foi revista com o Orçamento do Estado para 2018 (OE 2018), de 1,5% para 1,4%, sendo que, na semana passada, o primeiro-ministro, António Costa, disse esperar que ronde os 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB).

Esta terça-feira, o CFP alinha com a estimativa do Governo, ao dizer que o défice fica abaixo dos 1,4% do PIB, sem indicar valores, e sublinha que esta estimativa exclui o eventual impacto da operação de recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), que ainda está a ser avaliado pelas autoridades estatísticas nacionais e europeias.

A entidade liderada por Teodora Cardoso justifica que o "fecho do ano melhor do que o estimado" se deve a um desempenho da receita fiscal e contributiva acima do esperado pelo Ministério das Finanças e a menor despesa com juros.

Recorde-se que, no final de Setembro, o CFP projectou que o défice orçamental de 2017 representasse 1,4% do PIB. Em Outubro, quando apresentou o OE 2018, o Governo melhorou também a sua estimativa para esse valor.

No entanto, afirma o CFP, o montante em concreto do défice do conjunto do ano, "só poderá ser estimado com mais precisão uma vez clarificada a incerteza ainda existente quanto ao impacto orçamental do apoio financeiro do Estado aos lesados do BES/GES, bem como em relação à classificação em contas nacionais de despesas relacionadas com os incêndios florestais".

Ainda assim, a entidade liderada por Teodora Cardoso, admite que o desempenho da receita fiscal e contributiva acima do esperado pelo Ministério das Finanças e a menor despesa com juros "sugerem margens capazes de acomodar eventuais desvios ao nível da receita não fiscal e não contributiva e da despesa primária, incluindo o impacto do diferente perfil de pagamento do subsídio de Natal".

Em 2017, metade do subsídio de Natal da Administração Pública foi pago em duodécimos e a restante metade em Novembro, pelo que esse impacto só será conhecido quando forem apuradas as contas do quarto trimestre.

A entidade tem em consideração também a "recuperação parcial" da garantia do Banco Privado Português (BPP), com a qual o Governo estimava reaver 450 milhões de euros. O Estado recuperou apenas 73 milhões de euros - até ao terceiro trimestre - um valor "distante" do total previsto inicialmente, e, por isso, o CFP afirma que a meta do défice "será obtida com um contributo significativamente menor de receitas temporárias".

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  • que remédio!
    16 jan, 2018 lx 20:41
    Contra factos não há argumentos!...
  • Atu
    16 jan, 2018 Porto 19:38
    Esta senhora, que tanta asneira se fartou de dizer relativamente ao défice do actual governo, no início desta legislatura, vem agora com pezinhos de lã dizer que sim senhor está de acordo com as previsões do governo relativamente ao mesmo défice e para o ano em questão. Pudera... Se não os puderes vencer... Junta-te a eles... Como diz o ditado!!!
  • Alberto
    16 jan, 2018 FUNCHAL 14:38
    Mas estou "contente" com os impostos que pago. "Deus queira" que subam, para o défice chegar a zero!
  • Rui
    16 jan, 2018 Lisboa 13:58
    Geringonça Top a nível económico e ainda nem meteram as mudanças todas.
  • jpereira
    16 jan, 2018 13:34
    Ena, a senhora lá conseguiu dizer algo de positivo. Chiça!!!
  • Antonio
    16 jan, 2018 Vale de Cambra 12:45
    Se não fossem ultrepassadas as "portas* com "passos", do Sr. A. COSTA, onde estaraímos ? algures num submarino ! ou fora de Portugal !

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