16 jan, 2018 - 10:28
Uma draga que repunha areias na barra da Armona, em Olhão, virou-se esta terça-feira de manhã, deitando à água quatro dos tripulantes.
Os trabalhadores foram recolhidos poucos minutos depois pelo táxi-marítimo que ainda se encontrava no local para fazer a mudança de turno. À chegada a terra, apresentavam sintomas de hipotermia, pelo que foram transportados para o hospital de Faro. Uma das vítimas foi imobilizada, por suspeitas de lesão na coluna.
A informação é avançada pela Autoridade Marítima, que num comunicado enviado à Renascença refere que o alerta para o acidente foi recebido pela capitania do porto de Olhão cerca das 8h10.
Foi “de imediato enviado para o local uma embarcação da Polícia Marítima e uma da Estação Salva-vidas de Olhão”, indica.
O caso e, em concreto, a segurança do navio estão a ser analisados pelo capitão do Porto de Olhão e por um engenheiro da Autoridade Marítima.
A embarcação de 80 metros tinha a bordo 12 mil litros de gasóleo, pelo que foi colocada uma barreira anti-poluição em volta da draga, uma operação que foi concluída da parte da tarde, e pedido à empresa que começasse a retirar o combustível.
Segundo o capitão do porto de Olhão, Nuno Ferreira, a saída de combustível que existe neste momento é "residual" e "vai evaporar".
A mesma fonte disse ter recebido indicações de que o proprietário já contactou com uma empresa especializada que está a fazer a avaliação da situação e a estudar a melhor forma de remover a draga da zona, localizada a uma milha da ilha da Armona, no concelho de Olhão.
Questionado sobre o horizonte temporal para proceder a essa tarefa, o capitão do porto disse que o prazo é de "entre 48 a 96 horas".
Uma má acomodação de sedimentos nos depósitos da draga pode ter contribuído para provocar a viragem da embarcação, disse à agência Lusa o presidente da Câmara, António Miguel Pina.
[notícia actualizada às 19h33]