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Pacheco Pereira: "Santana queria fazer um novo partido para disputar eleições com o PSD"

12 jan, 2018 - 01:22

Candidato à liderança dos sociais-democratas já reagiu, desmentindo a versão relatada por Pacheco Pereira.

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Pacheco Pereira revela que foi convidado por Pedro Santana Lopes para formar um novo partido, em 2011, para disputar as eleições com o PSD. O candidato à liderança dos sociais-democratas já negou tudo.

No programa “Quadratura do Círculo” da SIC desta quinta-feira, Pacheco Pereira contou que nesse ano de 2011 recebeu um telefonema de Santana Lopes para os dois se encontrarem, num hotel de Lisboa. Pedro Passos Coelho já era líder do partido.

“Encontrámo-nos os dois no Hotel da Lapa e Santana Lopes disse-me o seguinte, a mim e a outras pessoas, não vale a pena estar a negar: que queria fazer um outro partido”, refere o social-democrata que apoia Rui Rio na corrida à liderança do PSD.

Segundo Pacheco Pereira, Pedro Santana Lopes estava “muito indignado porque no PSD estava a haver uma transição de pessoas que o ‘enojava’”, porque os apoiantes de Manuela Ferreira Leite “estavam todos a passar-se para Pedro Passos Coelho”.

“Isso levava-o a considerar que o PSD estava morto, já não tinha salvação e queria fazer um novo partido, e não era um movimento, como agora diz em relação à tentativa anterior. E mais: um novo partido que ia disputar as eleições com o PSD”, afirma Pacheco Pereira.

Perante este relato, Santana Lopes não pode dizer que “nunca actuou contra o PSD, que nunca atacou Passos Coelho. Nada disso é rigorosamente verdade”, sublinha Pacheco Pereira.

O comentador recorda a sua resposta a Santana: “Estás mesmo a pensar fazer um partido contra o PSD? Isso é uma coisa que não faz sentido. Essa mesma pessoa, semanas depois, estava a fazer campanha com Pedro Passos Coelho”.

Santana Lopes, que disputa a liderança do PSD com Rui Rio, já reagiu às declarações de Pacheco Pereira. Citado pelo jornal “Observador”, o antigo primeiro-ministro e presidente da Câmara de Lisboa negou o encontro e a ideia de criar um partido para concorrer com o PSD.

Numa acção de campanha em Aveiro, Santana Lopes chegou mesmo a afirmar: “vejam ao ponto que chega para tentar denegrir, denegrir, denegrir”.

Santana Lopes sempre negou a intenção de formar um novo partido, apenas se referindo a um “movimento político”.

As eleições internas para a liderança do PSD estão marcadas para sábado.

Comentários
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  • sem papas na lingua
    12 jan, 2018 lx 13:30
    Mas há correlegionários que não gostam de ouvir as verdades!...insultam com atributos que poderão ser atribuídos a outros PSDs , que até já foram primeiro-ministro e fugiram!...
  • João Lopes
    12 jan, 2018 Viseu 10:39
    Infelizmente Pacheco Pereira tem pouca credibilidade. Foi marxista-leninista na sua juventude. Deixou de o ser? Foi sobretudo um grande inimigo político de Passos Coelho.
  • João Lopes
    12 jan, 2018 Viseu 09:45
    Infelizmente Pacheco Pereira tem pouca credibilidade. Foi marxista-leninista na sua juventude. Deixou de o ser? Foi sobretudo um grande inimigo político de Passos Coelho.
  • Pedro Silva
    12 jan, 2018 Lisboa 09:00
    O problema de Santana Lopes é a de ser um mentiroso compulsivo, sem jeito para a política séria. Está na política para brincar e fazer de conta.
  • Rapa tachos
    12 jan, 2018 Lisboa 05:47
    Santana por um novo tacho até é capaz de vender a alma ao diabo. Concorre a líder do partido com o objectivo de garantir um tacho por meia dúzia de anos, mesmo sabendo que nunca será primeiro ministro.

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