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Caixa a mais no material recuperado de Tancos origina processo disciplinar

05 jan, 2018 - 22:04

Processo disciplinar foi instaurado pelo comando do Regimento de Engenharia 1, Tancos, ao militar responsável pelo controlo de entradas e saídas dos paióis e paiolins da base.

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O aparecimento de uma caixa de petardos a mais no material militar recuperado pela Polícia Judiciária Militar depois do furto em Tancos deu origem a um processo disciplinar a um militar, disse à agência Lusa fonte do Exército.

O processo disciplinar foi instaurado pelo comando do Regimento de Engenharia 1, Tancos, ao militar responsável pelo controlo de entradas e saídas dos paióis e paiolins de Tancos, decorrendo os prazos de reclamação e recurso, disse à Lusa o porta-voz do ramo.

A 18 de outubro, a Polícia Judiciária Militar recuperou quase todo o material militar que tinha sido furtado da base de Tancos no final de junho, à exceção das munições de 9 milímetros.

Contudo, entre o material encontrado, num campo aberto na Chamusca, num local a 21 quilómetros da base de Tancos, havia uma caixa com cem explosivos pequenos, de 200 gramas, que não constava da relação inicial do que tinha sido roubado.

A revelação da discrepância foi feita no passado dia 31 de outubro pelo chefe do Estado-Maior do Exército, Rovisco Duarte, que solicitou ao comando do Regimento de Engenharia 1 que averiguasse o motivo da falta daquele item na relação do material furtado.

O porta-voz do Exército disse que o militar em causa já foi notificado da pena atribuída mas não quis adiantar qual foi a punição por decorrerem ainda os prazos legais de reclamação e recurso.

Questionado sobre os outros três processos disciplinares abertos no mesmo Regimento na sequência do furto do material, em Tancos, o porta-voz do Exército adiantou que um dos militares, uma praça, já cumpriu a pena, seis dias de proibição de saída.

Os outros dois militares já foram notificados da punição no início de dezembro, e os prazos de reclamação e recurso já terminaram mas, devido a ter coincidido com os feriados da quadra natalícia, o comando do Exército decidiu aguardar mais uns dias para confirmar a receção ou não de alguma reclamação ou recurso.

A violação dos perímetros de segurança dos Paióis Nacionais de Tancos e o arrombamento de dois 'paiolins', e o desaparecimento de granadas de mão ofensivas e munições de calibre nove milímetros foram divulgados pelo Exército no dia 29 de Junho.

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  • Vasco
    05 jan, 2018 Viseu 23:00
    Como de costume o responsável deve ter sido um militar "Praça ou quando muito um 1º ou 2º Cabo", antigamente as instalações militares designadamente os Paióis eram guardadas 24 Horas por dia por um Pelotão de militares, era assim em 1975 em Santa Margarida, agora passam por lá de longe a longe e está claro que as coisas acontecem, e depois a culpa é sempre dos Praças, o que aliás me parece correcto até porque de um modo geral são eles que decidem e dão as ordens!!! Enfim...
  • Filipe
    05 jan, 2018 évora 22:47
    Pois , não fez parte da elite que não sabe Matemática , este contou 1 1 = 2 e os outros contavam 1 1 = 0 .
  • Rui
    05 jan, 2018 Lisboa 22:28
    O soldado em causa deixou roubar material que já tinha sido roubado anteriormente e voltou a ser roubado aquando da recuperação do mesmo porque não pertencia ao material roubado pode até afinal ninguém na realidade ter roubado coisa alguma.

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