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Personalidades do cinema criam projecto contra o assédio sexual

01 jan, 2018 - 17:05

A organização terá um fundo de 12,5 milhões de euros para apoiar vítimas de assédio que não tenham posses para se defenderem por via legal.

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Mais de 300 actrizes, argumentistas, directoras e outras personalidades do cinema lançaram esta segunda-feira um projecto para apoiar a luta contra o assédio sexual, tanto em Hollywood como noutras profissões nos EUA.

O projecto "Time's Up" incluirá um fundo para apoio legal a mulheres e a homens vítimas de assédio sexual no trabalho.

A organização já arrecadou mais de 13 milhões de dólares (10,8 milhões de euros) dos 15 milhões de dólares (12,5 milhões de euros) que pretende para esse fundo.

O projecto destina-se principalmente às pessoas cujos empregos mal remunerados não lhes permitem defender-se, como, por exemplo, trabalhadoras agrícolas e domésticas, porteiras, operárias e empregadas de café.

"Muitas vezes, o assédio persiste porque os perseguidores nunca sofrem as consequências das suas acções", diz o grupo numa "carta de solidariedade" publicada no seu site.

Esta carta, que começa com "Caras Irmãs" e termina com "solidariamente", também foi publicada numa página completa no “New York Times” e no jornal de língua espanhola “La Opinion”.

A Time's Up também exige mais mulheres em cargos directivos, igualdade de remuneração e de oportunidade para as mulheres, e pede aos meios de comunicação social para destacarem os abusos que ocorrem "em campos profissionais menos glamorosos e menos valorizados" do cinema, com o objectivo de fazer do sector de negócios do espectáculo "um lugar seguro e equitativo para todos".

Entre os membros da Time's Up, formada na sequência de diversas acusações de assédio sexual que se seguiram ao escândalo à volta da conduta do produtor Harvey Weinstein, estão as actrizes Cate Blanchett, Ashley Judd, Natalie Portman e Meryl Streep, a presidente da Universal Pictures, Donna Langley, a escritora Gloria Steinem, a advogada e ex-chefe do Gabinete de Michelle Obama, Tina Tchen, e a co-presidente da Fundação Nike, Maria Eitel.

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  • Cidadao
    14 jan, 2018 Lisboa 22:52
    Já agora criem também um fundo, para os homens e mulheres acusados de assédio e que vai-se a ver, só tentaram tocar num joelho, lançaram frases gastas de engate, e tentaram desastradamente chamar atenções, mesmo sem sucesso. Agora como é assédio para cá, assédio para lá, é necessário ter advogado e processar quem vier com acusações de assédio mas sem provas de tal. É que dizer: "... obrigaram-me a isto, aquilo e aqueleoutro..." mas provas que é assim, não há nenhumas... é o mesmo que ir fazendo de vítima e deixar-se o fervilhar das redes sociais, fazer o julgamento ... E aí, quanto tempo demora até linchamento - para algumas feministas, se calhar devia falar em "castramento" - na praça pública, e sem julgamento? Quanto tempo demora até arruinar alguém que nada tem a ver com esta nova "moda"?

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